Tribunal Solidário, organização não governamental formada por servidores do Tribunal de Contas, realizou ontem (05) o Fórum de Integração Social: Engajamento Cívico, Governança e Voluntariado, em parceria com o Porto Social.

O encontro teve como objetivos sensibilizar os participantes para o voluntariado, apresentar os projetos que o TS apoiará em 2019 e discutir o impacto das transformações sociais na vida das comunidades atendidas. O evento, que aconteceu no auditório do 10º andar do Edf. Dom Helder, teve a participação do presidente Marcos Loreto e foi dirigido a integrantes de ONGs, servidores da Casa e interessados em geral.

A programação foi aberta pela orquestra da comunidade Peixotinho, formada por 15 músicos da Fraternidade Espírita Francisco Peixoto Lins, que apresentou um repertório de músicas clássicas e regionais. A instituição será uma das 12 entidades assistidas pelo TS em 2019 com o projeto "Descobrindo Talentos", voltado ao treinamento musical de adolescentes de comunidades carentes do bairro de Boa Viagem.

Na sequência, Thiago Parísio, diretor-presidente do TS, mostrou um panorama das ações deste ano, que contarão com R$ 125.600,00 em investimentos, fruto de contribuição dos servidores do TCE, para atender a 12 projetos aprovados. No total foram encaminhados 51 projetos. 

Ao longo de seus 20 anos de existência, o Tribunal Solidário, que hoje conta com a adesão de quase 500 servidores do TCE, atendeu a 200 projetos, beneficiando cerca de 25 mil pessoas. 

“A sensibilização das pessoas é fundamental para o sucesso e a ampliação das ações do Tribunal Solidário. Cada novo colaborador, cada nova contribuição, independentemente do cargo ou da área de atuação no TCE, é responsável por novas oportunidades, motivação e esperança na vida das pessoas beneficiadas. Juntos e comprometidos podemos minimizar a desigualdade social e fazer a diferença para muitos”, destacou Parísio.  

A palestra com o presidente do Porto Social, Fábio Silva, intitulada “Revolução Silenciosa” emocionou os presentes. Na exposição, ele falou da realidade social do país e como a sociedade civil pode promover grandes transformações por meio do engajamento cívico e do empreendedorismo social.

O Porto Social trabalha na busca de soluções inovadoras, envolvendo o governo, as empresas privadas, as associações sem fins lucrativos e os cidadãos como agentes de transformação social. Um dos grandes desafios enfrentados foi o de resolver o problema da violência nos estádios de futebol em Pernambuco. Em 2013 foram 10 casos registrados e em 2014 o número subiu para 18. A solução veio do voluntariado que levou as mães de torcedores aos campos de futebol para trabalhar na conscientização e fiscalização do público. A iniciativa zerou as ocorrências em 2015 e os resultados foram exibidos no vídeo “Mães Seguranças”, de repercussão internacional.

Segundo o palestrante, apenas 4,16% das pessoas dedicam o seu tempo ao trabalho voluntário. Dentre outros projetos de sucesso, o empreendedor foi o responsável pela criação da primeira agência nacional de incentivo ao voluntariado, o "Transforma Brasil", que faz o cruzamento de dados entre as ofertas de voluntários e as necessidades de pessoas carentes, atuando hoje em 19 cidades brasileiras, incluindo o Recife. O “Transforma Recife” foi, inclusive, reconhecido e premiado pela ONU em 2016 como o principal programa de política pública das Américas. “O maior instrumento de transformação está nas pessoas, basta acreditar e fazer acontecer”, finalizou.

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Gerência de Jornalismo (GEJO), 06/09/2019

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