Em comemoração ao Dia das Mães, celebrado neste domingo (12), o Tribunal de Contas de Pernambuco convidou a psicóloga Suzana Schettini para ministrar palestra, na manhã desta sexta-feira (10), sobre “Mãe do Século 21".

O encontro, promovido pelo Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), teve como objetivo auxiliar a reflexão sobre o papel da maternidade nos dias de hoje. Suzana, que é mestre em Psicologia Clínica na área de família e interações sociais, especialista em adoção e professora universitária, promoveu uma divertida e importante discussão sobre a educação de pessoas para a construção de um mundo melhor.

“A educação não é um privilégio, mas uma função, um fazer que não está ligado a um gênero. Nós precisamos arrumar a ideia de que a criação dos filhos é responsabilidade somente da mãe. Precisamos de um novo tipo de educação”, disse ela. “Temos que atualizar a nossa mente para criar os filhos de forma mais equânime e, para isso, deve-se chamar e deixar os pais participarem, além de começar a educar os meninos para serem bons pais”, completou.

Schettini falou ainda da dificuldade de lidar com as emoções de uma criança no momento da separação dos pais. “A quantidade de casais com filhos que se separam é cada vez maior e, mesmo sendo uma fase de sofrimento, é preciso construir uma relação de harmonia na educação das crianças e adolescentes. Caso contrário, eles serão as maiores vítimas. "Na briga entre o oceano e a rocha, quem sai mais machucado é o marisco”, ilustrou.

Outro ponto abordado pela palestrante foi a dificuldade dos pais em dizer “não”. “Os pais sentem muita dificuldade na hora de dizer ‘não’ porque, muitas vezes, buscam compensar ausências. Mas o ‘não’ é extremamente necessário desde muito cedo, pois a criança constrói a base que vai usar por toda a vida ainda na primeira infância, ou seja, até os três anos. O que eu vejo, hoje, é uma overdose de sim e a dificuldade de lidar com frustrações”, contou. “Se a autoridade é aprendida desde cedo, a criança terá uma adolescência mais tranquila”.

Para finalizar, a psicóloga disse que não há uma fórmula mágica ou manual de instruções na educação dos filhos, no entanto, a função precisa ser cumprida e o maior desafio é criar bons seres humanos. “Todos nós erramos. Não existem mães, pais ou filhos perfeitos. Apenas pessoas possíveis. Mas se a mudança começar de dentro para fora, os pais se tornarão melhores e criarão pessoas melhores”, encerrou.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 10/05/2019

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