Nos últimos dias 5 e 6, o TCE-PE reuniu conselheiros, diretores, chefes de departamento e gerentes, em Gravatá, para o XXI Seminário de Planejamento e Gestão. O encontro discutiu os resultados de 2024, o desempenho institucional e o novo ciclo de planejamento estratégico do Tribunal (2026-2031).
A abertura foi feita pelo diretor de Gestão e Governança, Edgard Távora. Na sequência, o presidente Valdecir Pascoal palestrou sobre “os desafios dos Tribunais de Contas no contexto de crise da democracia”, destacando que o controle da eficiência das políticas públicas e a comunicação institucional são antídotos para a crise.
“Se somos uma instituição buscando excelência, então estamos sintonizados com o pensamento que defende o valor das instituições como condição para o progresso civilizatório. Nossa maior força é nossa reputação, independência, nosso capital humano e capacidade de adaptação ao novo”, disse o presidente.
Em seguida, Francisco Cunha, especialista em estratégia empresarial e estruturação organizacional, falou sobre “a importância dos cenários para a definição da estratégia”. Cunha destacou a importância da estratégia, a lógica do planejamento, que “inicia com missão, visão e valores, indo para visão do futuro, seguido de cenários, matriz e análise SWOT, qualificando um planejamento com metas e métricas de desempenho”, explicou.
Finalizando o período da manhã, o gerente de Gestão Estratégica e Projetos, Glauco Pimentel, apresentou o desempenho institucional de 2024, além dos resultados alcançados no último ciclo de OKR (objectives and key results; em português, objetivos e resultados-chave), focado em resultados de curto e médio prazo.
Nos processos internos, o TCE-PE atingiu 104,8% de suas metas, e em pessoas e inovação chegou a 98,8%. Uma das metas mobilizadoras atingidas foi a de reduzir em 42% o estoque, em 1 de janeiro de 2024, de processos formalizados até 2020.
PALAVRA DOS CONSELHEIROS – À tarde, os conselheiros Valdecir Pascoal, Carlos Neves, Eduardo Porto e Rodrigo Novaes discutiram a visão de futuro do TCE-PE, que tem como foco a avaliação de políticas públicas, a busca por eficiência, e a adoção de tecnologias, a exemplo da inteligência artificial.
“Vamos além do controle da legalidade, buscando analisar a qualidade do gasto público, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e orientados para resultados concretos que beneficiem a sociedade”, disse o conselheiro Eduardo Porto.
“Nosso trabalho, especialmente com políticas públicas, precisa ser ainda mais divulgado, para que, cada vez mais, a gente tenha um Tribunal de Contas próximo da população e que sejamos reconhecidos pelas ações efetivas”, afirmou Rodrigo Novaes.
“Acredito que precisamos não só nos comunicar com a sociedade, precisamos também mostrar para ela o conhecimento dos seus próprios direitos. Temos que ser colaboradores disso, porque se não, a gente entrega um serviço sem mudar a realidade”, destacou Carlos Neves.
NOVO CICLO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Na sequência tiveram início os trabalhos focados no novo ciclo de planejamento estratégico do TCE-PE (2026-31).
Os servidores presentes foram divididos em grupos relativos aos seis macroprocessos do TCE-PE: controle externo; gestão administrativa; gestão de pessoas; governança e gestão; tecnologia da informação; e comunicação, transparência e cidadania.
Partindo dos resultados obtidos em uma pesquisa que mobilizou toda a instituição, em novembro, os grupos trabalharam separadamente na elaboração das matrizes SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) de cada um dos seis macroprocessos.
A programação continuou na sexta-feira (6) com a apresentação das matrizes.
O conselheiro Carlos Neves, vice-presidente do TCE-PE, fechou o seminário com uma palestra sobre consensualismo e inovação na gestão pública.
“O Tribunal do hoje é atual, eficiente, relevante e inovador. O que resolve a eficiência não é só a lei, mas o processo, a eficiência e as entregas. Hoje temos uma integração entre nós e com o gestor. Temos a oportunidade, hoje, de sermos agentes de transformação. O Tribunal tem que ser inovador”, concluiu.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 9/12/2024