Dezembro

O trabalho de fiscalização e orientação do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) produziu um valor estimado de R$1,1 bilhão em economias para Pernambuco em 2024. O dado – levantado pela Diretoria de Controle Externo (DEX), responsável pelas fiscalizações do TCE-PE – compõe o balanço das ações da instituição no ano.

A análise das licitações permitiu benefícios da ordem de R$250 milhões. Trata-se de um trabalho orientador e preventivo, que visa evitar o dano ao erário. Isso ocorre, por exemplo, quando o TCE-PE encontra indício de sobrepreço ou restrição de competição em uma determinada compra pública. Os valores são corrigidos antes e o edital é republicado, gerando economias aos cofres públicos. 

Uma parte importante desse valor, R$654 milhões, é o que deve ser economizado a partir de auditorias feitas nas folhas de pagamento de prefeituras, câmaras de vereadores, órgãos estaduais, entre outras unidades fiscalizadas pelo Tribunal de Contas. Entre os problemas encontrados, a acumulação de cargos é que mais acarreta danos ao erário. 

Já a análise dos contratos de energia elétrica de órgãos públicos – também feita de forma cooperativa com os gestores – deve produzir uma economia de R$40 milhões.

Para o presidente do TCE-PE, Valdecir Pascoal, “os dados mostram a importância da atuação preventiva do TCE-PE, que tende a gerar forte economia para os cofres públicos. Como diz o ditado popular: é sempre melhor prevenir do que remediar”.

O conselheiro lembra que os benefícios gerados pelo Tribunal de Contas vão além dos quantificáveis. 

“Existem uma série de outras vantagens, intangíveis porém igualmente importantes, da atuação do TCE-PE. Esses benefícios começam com a própria existência do órgão de controle, que inibe o cometimento de irregularidades”, comenta Pascoal. 


PROCESSOS –
Em 17/12, o TCE-PE já havia julgado quase 12 mil processos, sendo 9.163 de aposentadorias ou pensões, 923 de recursos, 483 de auditorias especiais, 380 de prestações de contas e 360 de medidas cautelares. 

Veja o detalhamento na tabela. 


Das prestações de contas, 269 eram de contas de governo, isto é, do chefe do poder executivo. Esses processos resultam na emissão de um parecer prévio, que é enviado para julgamento pelo poder legislativo (câmaras de vereadores e Alepe). Em 250 deles, o parecer foi pela aprovação com ressalvas; em 19 foi pela rejeição das contas.

Das contas de gestão (secretários, chefes de autarquias, fundos de previdência, empresas públicas etc), 294 foram aprovadas com ressalvas, 113 irregulares e 30 regulares.


CAUTELARES –
As medidas cautelares são uma das principais formas de atuação preventiva do TCE-PE. São decisões tomadas em caráter de urgência, e concedidas quando há indícios de irregularidades e riscos imediatos ao interesse público. 

A medida cautelar pode determinar a suspensão temporária de uma licitação ou contrato. Toda cautelar precisa ser levada à votação, para confirmá-la ou não, em uma das câmaras do TCE-PE. 

Foram 359 cautelares, sendo 262 dirigidas às gestões municipais, e 97 à estadual. A maior parte (70%) foi demandada por empresas, cidadãos, partidos políticos e outros agentes externos ao Tribunal de Contas. As demais foram, em geral, formalizadas a partir de pedidos do setor de auditoria do TCE-PE.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Em 2024, o Tribunal de Contas reforçou sua atuação no sentido de analisar a eficiência do gasto público, para além de sua conformidade – isto é, se está dentro da lei.

Se nos anos anteriores o órgão já tinha direcionado suas fiscalizações para políticas públicas em áreas como gestão de resíduos sólidos (combate aos lixões), primeira infância e transporte escolar, em 2024 o TCE-PE passou a acompanhar também a segurança pública, as políticas de alfabetização, e as capacidades dos municípios em caso de desastres climáticos. 

Esse trabalho resultou na elaboração de novos índices, como o Índice de Governança e Gestão da Segurança Pública (IGGSeg), o Índice de Compromisso com a Educação (ICA) e o Indicador de Capacidade Municipal (ICM). 

O TCE-PE também fez auditorias no sistema prisional e na Política Estadual de Combate à Desertificação e de Mitigação dos Efeitos da Seca. Em ambos os casos, o trabalho resultou em recomendações e determinações ao governo estadual.


OPERAÇÃO ELEIÇÕES –
Em anos eleitorais, o TCE-PE fiscaliza se os gestores públicos estão obedecendo às proibições estabelecidas pela legislação eleitoral e pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por exemplo, aumentar a despesa com pessoal nos últimos seis meses de mandato, ou assumir despesa sem valor correspondente em caixa nos últimos oito meses de mandato.

O órgão também atualizou o Manual de Encerramento e Transição de Mandato Municipal, com orientações aos prefeitos, vereadores, gestores públicos e candidatos que concorrem às eleições. E publicou o Manual com orientações aos gestores públicos sobre as condutas de tecnologia da informação no período eleitoral. 

Além disso, ofereceu cursos, por meio da Escola de Contas, aos gestores públicos sobre as regras de transição de mandato.


OBRAS PARALISADAS –
Pelo décimo ano consecutivo, o TCE-PE divulgou o levantamento sobre as obras paralisadas em Pernambuco. O estudo revelou gastos, em 2023, de R$1,8 bilhão em obras paralisadas ou com indícios de paralisação. O valor já pago corresponde a 31% do total dos contratos, e a 9% de tudo o que foi empenhado em contratações públicas no ano.


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL –
Atento às inovações tecnológicas, o TCE-PE lançou, em maio, a sua própria inteligência artificial generativa, a Aurora – referência à rua onde está localizado o edifício sede. A princípio para uso interno, a Aurora já é utilizada para resumo de documentos extensos, reescrita em linguagem simples, análise de dados, entre outras funcionalidades. A ferramenta permite que o TCE-PE explore os recursos da inteligência artificial generativa de forma segura, garantindo a integridade dos dados sensíveis de que dispõe. 

Em agosto, o TCE-PE organizou, com apoio da Atricon e do IRB, o primeiro Encontro Nacional de Inteligência Artificial dos Tribunais de Contas. O evento reuniu mais de 250 servidores e conselheiros de todos os Tribunais de Contas brasileiros, por dois dias, para trocar experiências e debater as possibilidades e riscos da IA no controle externo.


COMUNICAÇÃO –
Na comunicação, o TCE-PE aderiu ao movimento internacional pela Linguagem Simples. O órgão promoveu capacitações no assunto para servidores dos seus diversos segmentos, e realizou um projeto-piloto focado na simplificação de documentos típicos, como pareceres e votos. 

Também realizou a edição do Prêmio Inaldo Sampaio de Jornalismo, que premiou reportagens nas categorias impresso ou webjornalismo, videojornalismo e radiojornalismo. O nome é uma homenagem ao jornalista que marcou época na imprensa pernambucana, e que também chefiou a comunicação do TCE-PE. 


AVALIAÇÃO DO PRESIDENTE –
Para o presidente Valdecir Pascoal, os resultados mostram uma instituição em constante aprimoramento. 

“Nosso propósito maior é contribuir para o aprimoramento da gestão pública, e com isso melhorar a qualidade de vida dos cidadãos pernambucanos. Seguiremos orientando e fiscalizando, simultaneamente, e atuando de forma preventiva para evitar danos e ilegalidades. Sempre pautados pelo diálogo respeitoso com aqueles que têm mandato popular para governar”, avalia.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 18/12/2024


O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) identificou avanços na gestão da segurança pública estadual, conforme apontado no levantamento do Índice de Governança e Gestão em Segurança Pública (IGGSeg), divulgado nesta quinta-feira (19). De acordo com os dados, Pernambuco alcançou 76% no índice em 2024, superando os 63% registrados no ano anterior.

O IGGSeg, desenvolvido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), avalia as ações do governo em quatro áreas: policiamento ostensivo, investigação criminal, estatísticas criminais e plano de segurança pública, e serviços penais. Pernambuco apresentou melhorias nos três primeiros eixos, mas permaneceu no nível inicial em serviços penais.

A pesquisa foi elaborada com base em um questionário com 761 tópicos, respondido pelas secretarias estaduais de Defesa Social e de Administração Penitenciária, além dos comandos das polícias Civil e Militar.

Para cada eixo, as pontuações foram classificadas em quatro níveis: insuficiente (menor que 25%), inicial (entre 25% e 49,9%), intermediário (entre 50% e 74,9%) e aprimorado (igual ou superior a 75%). O índice final é a média dos percentuais alcançados em cada eixo.

"Em 2024, o estado evoluiu do nível intermediário para o aprimorado, refletindo avanços na governança e gestão dos órgãos de segurança pública", destacou Bruno Ribeiro, auditor e gerente de Fiscalização da Segurança e da Administração Pública do TCE-PE, que coordenou o trabalho.

Com base nos resultados, o Tribunal iniciou auditorias em áreas com desempenho insatisfatório, como o sistema prisional, os batalhões de Polícia Militar e as delegacias, com o objetivo de propor melhorias em infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal

O conselheiro Marcos Loreto, relator da área de segurança pública do estado, determinou o envio do estudo às autoridades competentes.

Clique aqui para acessar o relatório completo 📊.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 19/12/2024


Resumo simplificado 📑

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) fez uma série de recomendações à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para aprimorar as ações de combate à desertificação e aos efeitos da seca. 

A decisão foi tomada por unanimidade em sessão da Primeira Câmara, na terça-feira (10), no julgamento de auditoria operacional sobre a execução da Política Estadual de Combate à Desertificação e de Mitigação dos Efeitos da Seca nos anos de 2022 e 2023, com foco no semiárido e nos impactos sobre o bioma caatinga.

Em seu voto, o relator do processo (nº 22100653-9), conselheiro Carlos Neves, menciona os achados do relatório de auditoria, como a falta de coordenação entre os diferentes níveis de governo, o baixo número de unidades de conservação (UCs) na caatinga (apenas 14% de todas as UCs no estado), e a insuficiência dos recursos investidos no combate à desertificação e na convivência com o semiárido.

O voto também destaca que o semiárido já representa quase 90% do território pernambucano e podem estar suscetíveis à desertificação cerca de 135 municípios e uma população de 3,7 milhões de pessoas.

“É um problema que tem reflexos na segurança alimentar, migração e pobreza”, disse o conselheiro Carlos Neves na sessão.

Entre as recomendações feitas à Semas está a criação do Fundo Estadual de Combate à Desertificação, já previsto na lei estadual nº14.091/2010, para financiar o desenvolvimento e execução de políticas públicas transversais. 

No voto aprovado, o relator também recomendou a ampliação das unidades de conservação na caatinga, e o cadastro e monitoramento das áreas suscetíveis à desertificação. 

São 25 recomendações, entre as quais:

  • Coordenar, em conjunto com os órgãos das diferentes esferas de governo,  as ações referentes ao combate à desertificação; 

  • Elaborar um plano de ação integrado com o apoio técnico e financeiro de diferentes setores do governo, da iniciativa privada e de organizações não governamentais;

  • Regularizar e aplicar as normas previstas em lei para a política estadual, incluindo a criação do Fundo Estadual de Combate à Desertificação;

  • Desenvolver incentivos para projetos sustentáveis, combate à desertificação e preservação da caatinga;

  • Elaborar cadastro de áreas suscetíveis à desertificação e criar sistema de informações sobre a prevenção e combate à desertificação;

  • Criar sistema de monitoramento e fiscalização ambiental das áreas suscetíveis à desertificação;

  • Ampliar a quantidade e estruturar as Unidades de Conservação (UCs) do bioma caatinga.

A auditoria foi conduzida pela equipe da Gerência de Fiscalização de Saneamento, Meio Ambiente e Energia do TCE-PE, e fez parte de uma Auditoria Operacional Coordenada Regional que envolveu também os Tribunais de Contas do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe, e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Presente à sessão, o conselheiro Rodrigo Novaes elogiou o trabalho.

"Embora a caatinga seja espinhosa, e durante boa parte do ano ela fique cinza, e suas folhas caiam, ela tem uma importância muito grande porque é dali, mesmo diante de toda dificuldade, que o sertanejo tira sua subsistência. Doi na alma ver isso se tornar um areial, comprometendo a história, as tradições, a poesia, e também tirando o sustento dos humanos e dos animais", disse.  

Leia a íntegra do voto com as recomendações.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 13/12/2024


Resumo simplificado 📑


A Primeira Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) aprovou uma medida cautelar, expedida pelo conselheiro Rodrigo Novaes, determinando à Prefeitura de Ipojuca que não conceda novas aposentadorias incorporando vantagens, como gratificações por serviços extraordinários e pelo exercício da docência.


A cautelar foi solicitada pela Gerência de Controle de Pessoal do Tribunal de Contas (GECP), ao identificar que o Fundo Previdenciário do Município estaria pagando essas vantagens, de caráter temporário, em algumas das aposentadorias de servidores.

Com base no relatório, o conselheiro recomendou que a prefeitura e o Fundo Previdenciário revisem as vantagens para poder reduzir o déficit previdenciário. 

Uma auditoria especial vai aprofundar a análise para saber se houve irregularidades no pagamento dessas vantagens. A cautelar foi aprovada por unanimidade na sessão do último dia 10 de dezembro.

SERVIÇO 📌

Processo: n° 24101135-8 - Primeira Câmara
Data do julgamento: 10/12/2024
Modalidade: Medida Cautelar
Órgão: Prefeitura de Ipojuca
Relator: Rodrigo Novaes
Exercício: 2024


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Gerência de Jornalismo (GEJO), 12/12/2024


O transporte público com modelagem de tarifa zero para o usuário, e a gestão dos sistemas informacionais do transporte coletivo foram os temas centrais debatidos durante a 3ª oficina técnica do Comitê Técnico de Concessões, Parcerias Público-Privadas e Privatizações dos Tribunais de Contas do Instituto Rui Barbosa (CT PPP – IRB), promovida pelo IRB e Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

Realizado virtualmente na última terça-feira (03), o evento foi mediado pelos servidores do TCE-PE, Fernando Rolim (auditor) e Noemi Falcão (assessora técnica de gabinete), que representou o conselheiro Ranilson Ramos, presidente do Comitê Técnico.

O encontro reuniu especialistas de diversas áreas para debater temas estratégicos na gestão do transporte público brasileiro.

A primeira palestra foi do consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras, Frederico da Silveira Barbosa, que abordou o tema “Transporte público com modelagem de tarifa zero para o usuário”, destacando a necessidade de cautela por parte dos gestores públicos.

O superintendente de Tecnologia da Informação e Comunicação da São Paulo Transporte S/A (SPTrans), Maurício Lima Ferreira, abordou a gestão de dados, defendendo um foco maior no passageiro, e não no veículo utilizado no transporte.

Antônio Almeida de Sousa, auditor do TCM-SP, reforçou o papel da tecnologia no monitoramento do sistema de transporte público, compartilhando resultados de auditorias realizadas em São Paulo. 

O encontro reuniu profissionais de tribunais de contas, agências reguladoras, empresas públicas e universidades, além de especialistas em regulação e controle público.

Gerência de Jornalismo (GEJO) com informações do IRB, 10/12/2024


Nos últimos dias 5 e 6, o TCE-PE reuniu conselheiros, diretores, chefes de departamento e gerentes, em Gravatá, para o XXI Seminário de Planejamento e Gestão. O encontro discutiu os resultados de 2024, o desempenho institucional e o novo ciclo de planejamento estratégico do Tribunal (2026-2031).

A abertura foi feita pelo diretor de Gestão e Governança, Edgard Távora. Na sequência, o presidente Valdecir Pascoal palestrou sobre “os desafios dos Tribunais de Contas no contexto de crise da democracia”, destacando que o controle da eficiência das políticas públicas e a comunicação institucional são antídotos para a crise. 

“Se somos uma instituição buscando excelência, então estamos sintonizados com o pensamento que defende o valor das instituições como condição para o progresso civilizatório. Nossa maior força é nossa reputação, independência, nosso capital humano e capacidade de adaptação ao novo”, disse o presidente. 

Em seguida, Francisco Cunha, especialista em estratégia empresarial e estruturação organizacional, falou sobre “a importância dos cenários para a definição da estratégia”. Cunha destacou a importância da estratégia, a lógica do planejamento, que “inicia com missão, visão e valores, indo para visão do futuro, seguido de cenários, matriz e análise SWOT, qualificando um planejamento com metas e métricas de desempenho”, explicou.

Finalizando o período da manhã, o gerente de Gestão Estratégica e Projetos, Glauco Pimentel, apresentou o desempenho institucional de 2024, além dos resultados alcançados no último ciclo de OKR (objectives and key results; em português, objetivos e resultados-chave), focado em resultados de curto e médio prazo. 

Nos processos internos, o TCE-PE atingiu 104,8% de suas metas, e em pessoas e inovação chegou a 98,8%. Uma das metas mobilizadoras atingidas foi a de reduzir em 42% o estoque, em 1 de janeiro de 2024, de processos formalizados até 2020.

PALAVRA DOS CONSELHEIROS – À tarde, os conselheiros Valdecir Pascoal, Carlos Neves, Eduardo Porto e Rodrigo Novaes discutiram a visão de futuro do TCE-PE, que tem como foco a avaliação de políticas públicas, a busca por eficiência, e a adoção de tecnologias, a exemplo da inteligência artificial.

“Vamos além do controle da legalidade, buscando analisar a qualidade do gasto público, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e orientados para resultados concretos que beneficiem a sociedade”, disse o conselheiro Eduardo Porto.

“Nosso trabalho, especialmente com políticas públicas, precisa ser ainda mais divulgado, para que, cada vez mais, a gente tenha um Tribunal de Contas próximo da população e que sejamos reconhecidos pelas ações efetivas”, afirmou Rodrigo Novaes.

“Acredito que precisamos não só nos comunicar com a sociedade, precisamos também mostrar para ela o conhecimento dos seus próprios direitos. Temos que ser colaboradores disso, porque se não, a gente entrega um serviço sem mudar a realidade”, destacou Carlos Neves. 

NOVO CICLO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Na sequência tiveram início os trabalhos focados no novo ciclo de planejamento estratégico do TCE-PE (2026-31). 

Os servidores presentes foram divididos em grupos relativos aos seis macroprocessos do TCE-PE: controle externo; gestão administrativa; gestão de pessoas; governança e gestão; tecnologia da informação; e comunicação, transparência e cidadania. 

Partindo dos resultados obtidos em uma pesquisa que mobilizou toda a instituição, em novembro, os grupos trabalharam separadamente na elaboração das matrizes SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) de cada um dos seis macroprocessos. 

A programação continuou na sexta-feira (6) com a apresentação das matrizes.

O conselheiro Carlos Neves, vice-presidente do TCE-PE, fechou o seminário com uma palestra sobre consensualismo e inovação na gestão pública. 

“O Tribunal do hoje é atual, eficiente, relevante e inovador. O que resolve a eficiência não é só a lei, mas o processo, a eficiência e as entregas. Hoje temos uma integração entre nós e com o gestor. Temos a oportunidade, hoje, de sermos agentes de transformação. O Tribunal tem que ser inovador”, concluiu.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 9/12/2024


O acesso aos serviços da Ouvidoria do Tribunal de Contas passou a ser autenticado pelo sistema Gov.br. 

Criado pelo Governo Federal, o Gov.br permite que os cidadãos acessem quase cinco mil serviços públicos digitais, utilizando um único login e senha.

Na plataforma, os usuários encontram informações sobre taxas, documentos necessários, formas de prestação do serviço (presencial ou digital), além de endereços e outros meios de contato com os órgãos responsáveis pela oferta dos serviços.

Segundo Ana Carolina Morais, chefe do Departamento de Tecnologia da Informação, essa integração é essencial, tanto para o cidadão quanto para o governo. “Isso oferece uma única conta para acessar diversos serviços públicos online com segurança e praticidade, simplificando a vida do cidadão e otimizando a gestão pública”, disse ela.

A mudança entrou em vigor na última quarta-feira (4). 

Essa é a primeira vez que um serviço digital do TCE-PE é integrado à plataforma do Governo Federal. 

Gerência de Jornalismo (GEJO), 9/12/2024


Resumo simplificado 📑

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas (TCE-PE) aprovou uma Medida Cautelar, expedida pelo conselheiro Rodrigo Novaes, determinando à prefeitura de Itapissuma que repasse, integralmente, o valor do duodécimo devido à Câmara de Vereadores da cidade. O duodécimo é uma parcela de recursos que o Executivo é obrigado a enviar mensalmente à Câmara Municipal, conforme determina a lei.

A cautelar se baseou em uma representação enviada ao TCE-PE pela Câmara de Vereadores alegando que, desde janeiro de 2024, a prefeitura vem repassando menos do que 7% da receita municipal ao duodécimo, descumprindo o percentual mínimo exigido por lei.

Ainda, de acordo com a representação, a prefeitura retém o duodécimo com base em um débito previdenciário da Câmara. No entanto, em seu voto, o conselheiro destaca que não há qualquer decisão judicial em favor da prefeitura, existindo apenas uma ação judicial, ainda em fase inicial, onde  é discutida esta dívida.

“Em análise da documentação apresentada, verifico que a retenção dos valores do duodécimo fere dispositivos constitucionais que garantem a autonomia financeira do Poder Legislativo e a obrigatoriedade do repasse integral e tempestivo dos duodécimos”, destaca o relator.

A decisão também determina que a prefeitura pague, até o dia 20 de dezembro, todos os valores do duodécimo retidos indevidamente pelo Poder Executivo. Além disso, determinou ao Departamento de Controle Externo do TCE-PE que verifique se a Câmara Municipal está cumprindo as obrigações referentes às contribuições previdenciárias.

A cautelar foi aprovada por unanimidade na sessão da Primeira Câmara do último dia 03.

SERVIÇO 📌

Processo: n° 24101142-5 - Primeira Câmara

Data do julgamento: 03/12/2024

Modalidade: Medida Cautelar

Órgão: Prefeitura de Itapissuma

Relator: Rodrigo Novaes

Exercício: 2024


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Gerência de Jornalismo (GEJO), 6/12/2024


O TCE-PE, em parceria com a Escola de Contas, promoveu entre os dias 02 e 03 de dezembro, o curso “Como encontrar notícias no portal Tome Conta: Jornalismo de Dados e Gestão Pública”, ministrada pelo jornalista de dados, cientista político e professor universitário, Fábio Vasconcellos. O curso foi voltado exclusivamente para jornalistas.

No encontro, foram abordados o conceito de jornalismo de dados, tipos, formatos, técnicas, aplicações, exemplos em reportagens, seu uso no Brasil e em outros países, atividades práticas em planilhas eletrônicas, além de instruções de como elaborar notícias a partir de dados disponíveis no portal Tome Conta.

“Cursos como esses são importantes para disseminar a ideia e a técnica de que o jornalismo pode fazer muito mais em termos de produção de notícias e geração de conhecimento para sociedade. E isso é, de alguma maneira, ajudar a sociedade a fazer seu controle social dos gastos públicos, das instituições públicas, por exemplo”, disse o instrutor do curso, Fábio Vasconcellos.

Segundo o diretor de Comunicação do TCE-PE, Luiz Felipe Campos, o objetivo foi mostrar as possibilidades que o Tome Conta oferece em termos de jornalismo. “Há uma enormidade de notícias esperando serem encontradas no Tome Conta, mas para isso é preciso que os repórteres estejam habilitados tecnicamente para achá-las”, disse. 

Tome Conta é uma plataforma digital de consulta do Tribunal de Contas de Pernambuco onde é possível ter acesso imediato a informações sobre arrecadação, gastos, licitações, contratos e investimentos em educação, saúde e pessoal de todos os municípios, entidades e órgãos públicos do Estado.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 6/12/2024


Resumo simplificado 📑

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas (TCE-PE) aprovou uma Medida Cautelar, expedida pelo conselheiro Eduardo Porto, determinando à prefeita da cidade de Lagoa do Carro, Judite Botafogo, que suspenda a nomeação de 160 candidatos aprovados em um concurso público realizado em 2022 pela prefeitura municipal.

A decisão atendeu a um pedido do prefeito eleito, José Luiz Amorim, que alegou irregularidades nas nomeações, pois, segundo ele, ocorreram nos últimos 180 dias de mandato da atual gestora, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Além disso, a prefeitura ultrapassou os limites legais de gastos com pessoal em 2024, atingindo 75,41% no primeiro quadrimestre e 72,26% no segundo, bem acima do limite de 54% da LRF.

A defesa alegou que reduziu despesas para viabilizar as contratações, mas uma análise técnica do TCE-PE concluiu que a economia foi insuficiente para compensar o impacto das nomeações. Também não foi comprovada a relação direta entre os cargos exonerados e os nomeados.

“Esses fatores indicam de forma consistente que as nomeações podem comprometer a sustentabilidade financeira do município, impondo ônus à próxima gestão, o que caracteriza risco aos cofres públicos e prejudica a transparência na gestão pública”, destaca o voto.

De acordo com o relator, os candidatos aprovados ainda poderão ser nomeados quando as contas públicas municipais estiverem equilibradas, já que o concurso estará dentro do prazo de validade.

A decisão, aprovada por unanimidade em sessão realizada na última terça-feira (3), ainda permite recurso ao Pleno do TCE-PE. 

SERVIÇO 📌

Processo: nº 24101196-6 - Primeira Câmara

Data do julgamento: 03/12/2024

Modalidade: Medida Cautelar

Órgão: Prefeitura de Lagoa do Carro

Relator: Eduardo Porto

Exercício: 2024

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Gerência de Jornalismo (GEJO), 5/12/2024


Um levantamento do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) identificou que a cobertura de água tratada chegou a 87% dos pernambucanos em 2022, último ano aferido na série histórica. No entanto, apenas um terço (34%) tinha acesso à coleta de esgoto. 

O estudo analisou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), fornecidos pelas prefeituras e órgãos estaduais como Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), e Secretaria de Recursos Hídricos e de Saneamento de Pernambuco.

ÁGUA – Segundo o estudo, a cobertura de água tratada em Pernambuco aumentou de 84%, em 2021, para 87% em 2022. Com isso, o estado superou as médias do país (85%) e da região nordeste (77%). A tendência é que PE atinja a meta de 99% de cobertura em 2029, antes do prazo definido pelo Novo Marco de Saneamento, que é 2033. No entanto, para atingir essa meta, será essencial resolver problemas como racionamento, perdas de água e qualidade do tratamento.


Embora a perda de água no processo de distribuição tenha diminuído de 66% em 2010, para 48% em 2022, o índice ainda preocupa, pois o desperdício é grande. De cada 100 litros de água distribuídos, 48 litros não chegam às residências devido a vazamentos, furtos e erros de leitura, ou ao não faturamento.


ESGOTO – Em relação à coleta e tratamento de esgoto, Pernambuco passou de 31%, em 2021, para 34% em 2022. Apesar da melhora, o índice está abaixo da média nacional (56%) e distante da meta de 90% em 2033, estabelecida pelo Novo Marco Legal.

A projeção é que, em 2033, o estado alcance 68% de cobertura de esgoto. “É importante lembrar que se levarmos em consideração as ligações domiciliares, o desafio do esgoto é ainda maior, já que os números citados dizem respeito apenas à implantação das redes coletoras. Ou seja, não basta disponibilizar a rede coletora, é necessário que os domicílios se conectem a ela”, afirmou Alfredo Montezuma, auditor de controle externo e gerente de Estudos e Suporte à Fiscalização do TCE-PE.


OBRAS PARALISADAS – O levantamento apontou ainda que, das 753 obras de saneamento no estado, 238 estavam paralisadas ou inacabadas em 2023 (dado mais atualizado sobre as obras paralisadas). Esses contratos somavam R$1,76 bilhão, e correspondiam a 30% do valor total de obras paradas em Pernambuco. 

PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO – Outro desafio encontrado foi a baixa adesão dos municípios à elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, uma exigência do Novo Marco Legal. 

Hoje (nesse caso, os dados mais atuais são do ano corrente), mais da metade dos municípios (54%) ainda não possuem o plano – seja municipal ou regional. 

INVESTIMENTO NECESSÁRIOS – De acordo com o Instituto Trata Brasil, será necessário investir cerca de R$21,2 bilhões nos próximos 35 anos para alcançar a universalização do saneamento (água e esgoto) no estado. Esse valor seria suficiente para incorporar 2,4 milhões de pessoas ao sistema de água tratada, e 6,4 milhões ao coleta de esgoto – trazendo impactos positivos na saúde, na geração de empregos, no turismo e na qualidade de vida da população.

PAINEL - Para apoiar o acompanhamento dos avanços, o TCE-PE criou um painel de saneamento com os principais indicadores do SNIS. O painel apresenta dados históricos de 2010 a 2022, e compara os números de Pernambuco com as médias do Nordeste e do Brasil. 

Diante dos dados, o Tribunal de Contas, sob relatoria do conselheiro Eduardo Porto, vai atuar em colaboração com órgãos como Compesa e ARPE para garantir a prestação de um serviço de mais qualidade à população, com menos impacto ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

Confira aqui o relatório simplificado 📊

Gerência de Jornalismo (GEJO), 3/12/2024


O Comitê Técnico de Concessões, Parcerias Público-Privadas e Privatizações (CT PPP) do Instituto Rui Barbosa (IRB) e a Escola de Contas Públicas do TCE-PE promovem no dia 03 de dezembro, a partir das 14h30, a oficina virtual: “Transporte Público com Modelagem de Tarifa Zero para o Usuário e Gestão dos Sistemas Informacionais do Transporte Coletivo”, com transmissão on-line e ao vivo pelo canal da TV Escola TCE-PE, no youtube. Para assistir a oficina é necessário fazer inscrição no link abaixo.

Inscreva-se aqui.

A oficina destina-se a: servidores dos tribunais de contas, das agências reguladoras, de poderes concedentes e de empresas públicas; profissionais de empresas concessionárias; professores universitários e seus alunos que trabalhem/pesquisem/estudem a área de regulação de serviços públicos e de controle da administração pública.

A oficina contará com as palestras de Frederico da Silveira Barbosa, consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, Antonio Almeida de Sousa, Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP)  e Maurício Lima Ferreira, Superintendente de Tecnologia da Informação e Comunicação na São Paulo Transporte S/A - SPTrans.

Após as palestras haverá um debate sobre os temas abordados, com a moderação do integrante do Comitê Técnico de Concessões, Parcerias Público-Privadas e Privatizações do Instituto Rui Barbosa (CT PPP/IRB) Fernando Rolim, Auditor de Controle Externo do TCE-PE.

Escola de Contas, 2/12/2024

Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco

Rua da Aurora, 885, Boa Vista, Recife, PE

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