O plenário do TCE aprovou nesta quarta-feira (17) um voto de pesar pela morte do conselheiro aposentado Ruy Lins de Albuquerque, ocorrida no último dia 09, na capital pernambucana. A proposição foi de autoria do presidente Carlos Porto. No entanto, foi apresentada pelo vice e presidente em exercício, Marcos Loreto em razão de Porto encontrar-se de férias.
O conselheiro Dirceu Rodolfo aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem em nome pessoal a Ruy Lins de Albuquerque, que, como presidente do TCE, o nomeou para o cargo de procurador geral aos 26 anos de idade. Contou que havia sido aprovado para o cargo de procurador, mas não estava satisfeito na profissão e admitindo fazer novo concurso para abandonar o Tribunal.
Foi o então presidente Ruy Lins, salientou, que o convenceu a permanecer no órgão, dando-lhe a oportunidade de assumir pela primeira vez a procuradoria geral. Além disso, acrescentou, Ruy Lins foi o conselheiro que mais tempo permaneceu na Casa (32 anos) e o que “melhor corporificou” a instituição, tendo sido presidente quatro vezes, uma das quais pelo período de sete anos.
O procurador geral do Ministério Público de Contas, Cristiano Pimentel, associou-se ao voto de pesar do presidente Carlos Porto, cuja íntegra foi a seguinte:
Senhores conselheiros, morreu no Recife na terça-feira da semana passada (dia 9) o conselheiro aposentado deste Tribunal de Contas, Ruy Lins de Albuquerque.
Ruy Lins nasceu no Recife no dia 6 de outubro de 1932. Era filho do escritor e político Ulysses Lins de Albuquerque e irmão do ex-governador de Pernambuco Etelvino Lins.
Era bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (turma de 1961) e antes de chegar ao TCE em 1970, nomeado pelo então governador Nilo Coelho, foi secretário estadual de Administração e chefe de Administração da Superintendência Regional da Receita Federal (4ª região).
Presidiu esta Casa quatro vezes e aqui construiu muitos amigos, graças à sua simplicidade, retidão de caráter e generosidade.
Costumava dizer que este Tribunal de Contas era a sua segunda Casa, vez que trabalhou aqui durante 32 anos consecutivos. Aposentou-se em julho de 2002 por força de imperativo constitucional, tendo sido substituído pela nobre conselheira Teresa Duere.
Privei da amizade de Ruy Lins desde que aqui cheguei em 1990 como o primeiro conselheiro indicado pela Assembleia Legislativa após a promulgação da Constituição de 1988. E fiquei extremamente honrado com a sua presença na solenidade de minha posse na presidência deste órgão, no último dia 7 de janeiro.
Ele já se encontrava doente, mas, mesmo assim, fez questão de comparecer, dando prova do carinho que tinha por esta instituição.
Por todos esses fatos, senhores conselheiros, proponho a este Pleno a aprovação de um voto de pesar pelo seu falecimento e, caso a proposição seja aprovada, que se dê conhecimento à viúva Dona Lourdinha, aos seus filhos Mônica, Sérgio, Sílvio e Cláudia, e à Prefeitura e Câmara Municipal de Sertânia, onde tinha suas raízes familiares.
Missa – A missa de 7º dia de Ruy Lins foi celebrada na noite desta terça-feira (16) na Igreja do Colégio Salesiano, no Recife. Centenas de servidores do TCE assistiram à celebração, entre eles os conselheiros Valdecir Pascoal e Dirceu Rodolfo e os conselheiros aposentados Severino Otávio e Roldão Joaquim dos Santos.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 17/02/2016