O Tribunal de Contas de Pernambuco entrou na luta pelo combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. Atenta à crescente incidência de casos dessas doenças, a administração do TCE intensificou a limpeza do telhado e das calhas dos edifícios Dom Helder Câmara e Nilo Coelho, da Escola de Contas e do Arquivo, localizado na Rua Bispo Cardoso Ayres, para impedir a proliferação do mosquito. O trabalho é feito semanalmente e a equipe utiliza cloro a 10% nas caixas de água e de esgoto. Além disso, todos os dias são feitas vistorias para certificação de que não existem focos do mosquito. As ações estão sendo coordenadas pelo Departamento de Administração e Infraestrutura (DAI), em conjunto com a Divisão de Administração dos Imóveis (DIMO).
ARMADILHA - Outra solução, simples e caseira, adotada pelo Tribunal, foi o uso de uma armadilha artesanal, que tem como finalidade minimizar a proliferação do mosquito. Ela é feita utilizando uma garrafa PET grande, cortada em duas partes e coladas na posição contrária, a parte superior da garrafa funciona como um funil, o que possibilita a entrada, mas retém a saída do Aedes Aegypti.
A ideia de adotar a "mosquitoeira" caseira foi do eletricista Luciano Deusdete da Silva (DIMO), que se viu alarmado diante da dimensão do problema. “A situação é muito séria e para enfrentá-la é necessário mais que a ação dos órgãos públicos. Precisamos nos unir, pois essa é uma situação que atinge a todos”, disse ele.
CAMPANHA - Segundo o gerente da Divisão de Administração dos Imóveis do Tribunal, Arnóbio Vanderlei Borba, cerca de 30 armadilhas artesanais estão sendo instaladas em locais estratégicos do TCE. "É importante que o servidor, caso perceba algum ponto de risco nos nossos prédios e instalações, entre em contato imediatamente com as áreas, para que sejam adotadas as devidas providências", comentou. Arnóbio explicou também que o Tribunal vai promover uma ampla campanha institucional para conscientizar a Casa. “Queremos envolver o maior número de servidores nessa causa, que diz respeito a todos nós, público interno, externo e colaboradores”, afirmou.
DENGUE - A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no mundo. A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.
Sintomas - Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.
CHIKUNGUNYA - A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Sintomas - Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
ZIKA - O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Sintomas - Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
Caso observe o aparecimento de sinais e sintomas, busque um serviço de saúde para atendimento.
Fonte: Ministério da Saúde
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Gerência de Jornalismo (GEJO), 12/02/2016