Cerca de 30 servidores do TCE participaram de uma oficina que discutiu a metodologia para análise da convergência dos demonstrativos contábeis municipais com as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, as Normas Brasileiras de Contabilidade e o Manual de Contabilidade.
A capacitação é fruto da dissertação de mestrado da instrutora Ivaneide Almeida Braga, que teve por objetivo a análise da situação dos 184 municípios pernambucanos. A pesquisa trabalhou com as informações apresentadas nas prestações de contas de 2014, disponibilizadas pelo TCE-PE através de seu site.De acordo com Ivaneide, que também é consultora e assessora em contabilidade pública municipal e controladoria interna, a justificativa do estudo é demonstrada “pela importância em se conhecer até que ponto os municípios analisados conseguiram convergir, melhor se adequando aos novos padrões contábeis, e quais os pontos que apresentaram o menor nível de adequação”.
Impressões - Segundo Bethânia Melo, Coordenadora de Controle Externo (CCE), o conteúdo disponibilizado nessa oficina proporciona “uma troca de conhecimentos e experiências. É a contribuição do trabalho acadêmico à prática da fiscalização”.“É uma técnica inovadora, que prioriza a necessidade de realização das auditorias contábeis, o que permitirá ao Tribunal melhor exercer o seu papel fiscalizador e orientador, acompanhando os municípios que apresentarem um pior índice de convergência às novas normas de Contabilidade”, informou Elza Galliza, diretora do Departamento de Controle Municipal do TCE.
Para Ladislau de Sena Junior, Inspetor Regional da Metropolitana Norte, “a proposta consiste em um método simples e objetivo para análise da conformidade dos demonstrativos contábeis com os preceitos da nova contabilidade pública. A técnica possibilita identificar o grau de aderência aos novos padrões contábeis e as divergências e inconsistências, que podem, inclusive, macular a prestação de contas dos municípios”. “Foi um passo importante para instrumentalizar as equipes para a auditoria e que permitirá traçar um perfil mais realista da administração municipal, enriquecendo as matrizes de planejamento, prestando melhores subsídios e aperfeiçoando as auditorias realizadas pelo TCE”, concluiu Ladislau.
A oficina contou com servidores da Coordenadoria de Controle Externo (CCE), do Departamento de Controle Municipal (DCM), da Divisão de Contas da Capital (DICC), de Inspetorias Regionais, da Gerência de Informações Estratégicas da Fiscalização (GINF) e da Gerência de Controle da Qualidade e Métodos Aplicados à Auditoria (GAUD).
Gerência de Jornalismo (GEJO), 26/05/2016