A sessão do Pleno do Tribunal de Contas da última quarta-feira (23), lembrou os dois anos da morte do conselheiro João Henrique Carneiro Campos, que faleceu no dia 22 de junho de 2019, aos 49 anos de idade. A homenagem foi proposta pelo conselheiro Carlos Neves, substituto de João Campos no Conselho do TCE.
Carlos Neves falou da “figura aprazível, inteligente, cordata e diferenciada” que foi o conselheiro João Henrique Carneiro Campos. “Ontem foi uma data muito importante para cada um de nós aqui e toda a comunidade que habita o TCE. João Campos atuou como um profissional combativo na advocacia; depois, como desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco; para, em seguida, ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas. Foi uma figura queridíssima por onde passou”, disse.
“A nossa admiração por ele vem não só do ponto de vista profissional, mas dos laços de amizade que criou. Por um acaso do destino, tive a dor de sentir a perda de um amigo, para, depois, ocupar o seu lugar no gabinete. Gosto de dizer que João habita o TCE pelas memórias de todos os colegas e pelos seus votos, os quais tenho a oportunidade de ler, rever e discutir com a equipe. Então, cada ato de lembrança é um ato de revigorar a história de vida desse homem que merece ser sempre homenageado”, concluiu Carlos Neves.
Em seguida, o presidente do TCE, Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, mencionou a saudade que sente da convivência do amigo e colega. “João Carneiro Campos deixou tamanha saudade por tudo que ele significava, pelo ser humano que foi e pelo tipo de relação que mantinha com as pessoas. Tinha um ar fechado e era tímido no primeiro contato, mas logo se via que na realidade ele era muito receptivo e tinha o humor muito refinado”, lembrou. “Além de todos os conceitos profissionais que já conhecemos muito bem e são sempre válidos de cultuar, o que fica é uma grande saudade do contato e da conversa boa e culta”, concluiu.
A conselheira Teresa Duere falou da dor pela ausência do conselheiro João Campos. “Ele sempre será uma boa memória para todos nós”, afirmou ela. “Quero destacar o profundo conhecimento que João Campos tinha, além da forma didática como ele o apresentava. Eu aprendi muito com João Campos. Todo o meu carinho à sua família”, acrescentou o conselheiro Ranilson Ramos.
“O convívio com o nosso colega era bom, tanto no ambiente de trabalho como numa mesa de bar, num bate-papo. Estamos permanentemente lembrando dessa convivência com o homem sincero, leal, objetivo e transparente que ele foi”, disse o conselheiro Carlos Porto.
“Sempre fico impressionado como todos gostam de lembrar dele, da sua forte presença”, disse o conselheiro Marcos Loreto. “Ele está no coração de todos do Tribunal. Quando começo a falar dele, eu me emociono, por isso prefiro ser curto nas palavras, mas quero dizer que, enquanto houver minha presença no TCE, vai ter a presença dele. Com João, eu ganhei um exemplo para o resto da minha vida”, falou.
“O destino prega peças na nossa vida. Penso nisso quando observo essa coincidência entre o dia de ontem, o dia do desencontro, e o dia de hoje, dia do reencontro. Hoje, aniversário de João, é o momento de procurar seguir o exemplo de seus atributos, seja na prosa jurídica ativa e elegante, como na sua história, por ter sido um homem correto, leal e transparente. Sinto saudades dessa pessoa que nos inspirou tanto”, afirmou o conselheiro Valdecir Pascoal.
A procuradora geral do MPCO, Germana Laureano, lembrou a habilidade do conselheiro João Carneiro Campos de lidar com a divergência de ideias. “Quero me incorporar à feliz e justa iniciativa do conselheiro Carlos Neves. Apesar de estar muito vivo dentro de cada um de nós, o nosso amigo faz muita falta. Foi um profissional de escola, além de uma figura agradabilíssima no convívio, porque sabia lidar com a divergência de ideias e, a partir disso, aprofundava os laços com as pessoas. Por isso, nunca esqueceremos de todas as experiências que tivemos a oportunidade de compartilhar com ele. Que a sua família se sinta abraçada por todos nós”, concluiu Germana Laureano.
O conselheiro sofreu um ataque cardíaco em 2019, um dia antes de completar 50 anos de idade.
VOTOS DE PESAR – Durante a sessão, a conselheira Teresa Duere apresentou dois votos de pesar que foram aprovados por unanimidade pelos demais membros do Conselho.
O primeiro voto foi em decorrência do falecimento do pai do servidor Gustavo Pimentel, atualmente no cargo de coordenador da Corregedoria do TCE. Odilon Maroja faleceu no último dia 13, aos 85 anos. Formado em engenharia pela Escola Politécnica de Pernambuco, trabalhou como empresário e servidor público, atuando na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros.
O outro voto de pesar foi pelo falecimento do prefeito de Lajedo, Adelmo Duarte, vítima de um infarto no último dia 16 de junho, aos 70 anos.
Os conselheiros do TCE e a procuradora-geral do Ministério Público de Contas, Germana Laureano, associaram-se aos votos e proferiram palavras de sentimentos às famílias dos homenageados.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 28/06/2021