Ficou sob a responsabilidade do vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, fazer o discurso de saudação ao novo presidente Marcos Loreto. Logo nas primeiras linhas, ele citou o músico Cazuza que há 30 anos questionava ao Brasil “qual era seu negócio, o nome dos seus sócios” e quem financiava a miséria em que vive a maioria da população. Em uma alusão à Operação Lava-Jato e às outras recentes operações de combate à corrupção no país, que revelaram práticas ilegais cometidas por agentes públicos e diversos grupos políticos e econômicos, ele afirmou que a resposta à pergunta de Cazuza foi dada pelo Judiciário, pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal com sua atuação em rede e a prisão de grupos antes intocáveis.

“E o que os Tribunais de Contas têm a ver com a corrupção?”, provocou Dirceu Rodolfo. A resposta, segundo ele, já foi publicada nos jornais do Estado a partir de entrevistas concedidas por Marcos Loreto na ocasião da sua eleição para este biênio. “Ele se apresentou numa atitude afirmativa e comprometida, asseverando que na sua gestão o TCE priorizará o combate a corrupção. Não se trata de uma frase de efeito, ou de um devaneio onírico de cariz abstrato. O conselheiro Marcos Loreto não é dado a otimismos ingênuos com desaguadouro no reino da passividade”, afirmou Dirceu. De acordo com ele, o novo presidente nunca aceitou o fato de uma instituição que fiscaliza a correta aplicação do dinheiro público ficar apática. E considerou a atuação traçada como a “esperança de futuro”.

Dirceu Rodolfo ressaltou também as advertências que o presidente Loreto havia lhe confidenciado sobre a meta de combater a corrupção. A primeira trata sobre a importância das parcerias com outras instituições para que este combate seja viável; a segunda, sobre o cuidado com as leviandades em relação ao assunto. E a terceira sobre a importância do Tribunal de Contas ser reconhecido pelo trabalho profilático e preventivo na busca de gestões eficientes, eficazes e efetivas, e não só em uma atuação de punição e sanções. E, por último, pela necessidade constante de autocrítica.

Sobre a pessoa do novo presidente, o conselheiro e vice-presidente exaltou as origens familiares e a formação de Loreto, que o fizeram “um homem que acredita no princípio da justiça como verdadeiro axioma. Para além disso, tem a coragem e o tirocínio suficientes para nunca se afastar no mesmo, pouco importando quão embaraçosa possa parecer-lhe a situação concreta a ser enfrentada”. Diante da plateia também formada pela família do novo presidente, pais, irmãos, esposa e filhos, Dirceu disse se orgulhar do amigo que entre as muitas qualidades já citadas, tem o dom de buscar as razões mais nobres dos jurisdicionados, e por ser aquele que julga sem emoção e com bom senso. Dirceu ainda previu que a gestão de Loreto será marcada “pelo diálogo com a chancela da lealdade e sua reconhecida assertividade benfazeja”. 

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Gerência de Jornalismo (GEJO), 12/01/2018

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