A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Fundarpe, abriu licitação para contratar uma empresa que vai realizar obras de recuperação e reforço da estrutura do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC), localizado em Olinda.
O prédio, construído em 1765, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e abriga um dos mais importantes acervos de arte contemporânea das Américas, com mais de 4 mil obras de artistas como Cândido Portinari, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Burle Max, João Câmara, entre outros.
A situação de abandono em que se encontra o MAC foi revelada por meio de uma auditoria especial feita pelo Tribunal de Contas em junho de 2016. Os técnicos encontraram sérios problemas estruturais no prédio, que colocavam em risco o acervo, os funcionários e os frequentadores do Museu. A equipe encontrou rachaduras, ferragens expostas, vazamento e desprendimento do reboco, além de vários pontos de infiltrações no local destinado à guarda dos trabalhos mais valiosos, entre eles o quadro “Enterro” de Cândido Portinari, cujo valor estimado, em 2010, chegava a 1 milhão de reais. Os banheiros estavam sem condições de uso e a instalação elétrica, deteriorada, representava risco de incêndio.
Ao ser informada da situação, a conselheira Teresa Duere enviou um Alerta de Responsabilização à presidente da Fundarpe, Márcia Souto, cobrando a adoção imediata de providências. A conselheira solicitou também que o Ministério Público de Contas acionasse judicialmente os responsáveis pela degradação e abandono do patrimônio.
O edital de licitação para contratação da empresa responsável pela obra foi publicado semana passada, no Diário Oficial do Estado. O nome da empresa vencedora que fará a reforma do MAC será divulgado no próximo dia 27 de abril, data em que acontece a disputa de preços por meio de Pregão Eletrônico.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 19/04/2017