Uma roda de conversa sobre os cuidados, o tratamento e a prevenção ao câncer de mama, marcou na última sexta-feira (06) as atividades da Campanha Outubro Rosa no Tribunal de Contas.
O evento foi organizado pela Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas (DADP) para conscientizar os servidores sobre a importância do diagnóstico precoce na luta contra a doença que mais mata mulheres em todo mundo. O bate papo, conduzido pela jornalista Karla Almeida. da Diretoria de Comunicação, reuniu três convidadas: a médica oncologista Cristiana Tavares, a servidora Lúcia Salvari (DADP) e a empresária Mônica Pessoa Braga.
A médica falou sobre as formas de manifestação da doença, os fatores que contribuem para a sua ocorrência, os tratamentos existentes, as formas de prevenção e a importância da realização do autoexame para o diagnóstico precoce do câncer.
HÁBITOS SAUDÁVEIS - Segundo Cristiana Tavares, a prevenção passa pela adoção de uma mudança de hábitos de vida. “Quando a gente fala de tratamento para o câncer de mama, mais que nunca estamos falando de mudança do estilo de vida, que incluem uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Também é importante cuidar da mente e do espírito e encarar os problemas com mais leveza", disse ela.
A servidora Lúcia Salvari (DADP) e a empresária Mônica Braga, fizeram um relato da experiência que viveram, ano passado, ao serem diagnosticadas com câncer de mama. Lúcia descobriu o tumor por acaso, ao se submeter a um exame de ressonância magnética, cinco meses depois de ter feito uma mamografia, que nada apontou. Após várias sessões de radioterapia, conseguiu se recuperar e vencer a doença.
No caso de Mônica, foi o autoexame que ajudou a detectar o tumor, às vésperas de completar 39 anos. "Foi um grande susto, um desespero", disse ela, "mas logo recuperei as forças e parti para o tratamento, que incluiu duas cirurgias e várias sessões de quimioterapia", afirmou.
APOIO - A aceitação e o apoio dos médicos e da família, segundo elas, foram as principais armas utilizadas na luta contra a doença. “Em todo processo de tratamento, o mais importante foi vencer o medo natural diante da palavra câncer e para isso o apoio emocional da família, dos amigos e dos próprios médicos foi fundamental. Quem trabalha nesta área, precisa gostar de “gente”, saber acolher e transmitir confiança. Em nenhum dos espaços de tratamento pelos quais passei encontrei profissionais frios. Todos eram muito humanos. Isso, e o amor da família, fizeram toda diferença”, afirmou Lúcia.
"O que muda depois de uma experiência como essa? Tudo. A vida passa a ter outro sentido. Os problemas não têm mais o peso de antes, a gente passa a dar valor aos pequenos prazeres, aos momentos, principalmente com os amigos e com a família", disse Mônica.
“Para mim, a família é a base de tudo, seguido dos amigos e, acima de todos, Deus. Acho que é um conjunto que dá uma positividade muito necessária para a gente encarar o desafio de frente. Com a aceitação do problema e o apoio das pessoas queridas, fica mais fácil encarar a doença”, complementou.
A roda de conversa também contou com a participação do público, que fez perguntas às convidadas.
“Achei a palestra sensacional! E o meu interesse em assistir se deu pelo fato de a minha mãe ter enfrentado esse problema, e precisou retirar um seio. Como eu acompanhei esse processo muito de perto, hoje, o tema câncer de mama, me desperta a atenção e curiosidade”, revelou o servidor Carlos Genésio Seixas da GECI.
Para ajudar na campanha, foi instalado no hall de entrada do edifício Dom Helder, um estande de venda com produtos confeccionados pela ONG Casa Rosa, projeto da Associação de Assistência às Mulheres com Câncer de Mama de Pernambuco, que atende pacientes vindos do interior em tratamento.
Durante toda esta semana, o Tribunal Solidário estará recebendo doação de lenços para serem entregues às pacientes com câncer, em tratamento nos hospitais públicos do Estado. Quem quiser ajudar, pode procurar o TS no 9º andar do edifício Dom Hélder.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 09/10/2017