
"Diante das transformações causadas pela tecnologia da informação, uma das mais impactantes é a possibilidade de produzir e tramitar documentos totalmente em formato digital. Essa nova realidade trouxe muitos avanços, no entanto, traz também obsolescência tecnológica, o que pode dificultar bastante o acesso a documentos no futuro", disse Loreto.
"É fundamental que o Tribunal e seus jurisdicionados fiquem atentos aos cuidados necessários com os documentos produzidos em ambiente digital para que, futuramente, sejam acessados como fontes de prova, com garantia de autenticidade e confiabilidade. É nosso dever preservarmos a história para as próximas gerações", completou o presidente. Entre os presentes, estavam servidores do TCE e de outras instituições e estudantes da área.
A primeira palestra, com o tema "Gestão, Preservação e Acesso aos Documentos Digitais", foi ministrada pelo doutor em documentação Daniel Flores, membro da Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ). Ele falou sobre a questão da autenticidade dos documentos digitais na atualidade, destrinchou pontos importantes da cadeia de custódia, da Lei de Acesso à Informação (LAI) e comentou o dever dos órgãos de manter transparência ativa, de fácil acesso aos cidadãos.

A segunda palestrante foi a doutora em História Mônica Pádua, que abordou a "Apresentação e Difusão do Acervo do Tribunal de Justiça de Pernambuco", onde atua como analista judiciária e chefe do Memorial Digital. O projeto de digitalização de conteúdo do patrimônio histórico documental da Justiça pernambucana conta com imagens e textos datadas a partir do século 18, que podem ser acessados online por qualquer pessoa. "O projeto é importante para evitar o manuseio do acervo em papel para garantir sua preservação e facilitar o acesso de todos, contribuindo com consultas e pesquisas de diversas áreas. Nossa equipe foi capacitada por profissionais de restauração, digitalização e descrição", disse Mônica Pádua.
A analista em Gestão de Tecnologia da Informação, Carolina Gomes de Melo, foi a terceira profissional a debater o tema, apresentando a plataforma de acervo digital do Arquivo Público de Pernambuco. Ela mostrou práticas de gerenciamento de documentos, com vistas à preservação digital para garantir o acesso a longo prazo.
Ao final, os palestrantes responderam a questões levantadas pelo público sob mediação da diretora de Tecnologia da Informação do TCE, Ana Carolina Chaves Machado de Morais.
O Encontro foi organizado pelo Departamento de Expediente e Documentação e pela Gerência de Arquivo do TCE, com apoio da Escola de Contas. Para Socorro Félix, diretora do Departamento, "Ficou clara a importância da preservação digital e que as instituições precisam adotar, com urgência, normas, requisitos e padrões para a gestão dos documentos digitais, sob o risco de não deixarmos legado para as gerações futuras."
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Gerência de Jornalismo (GEJO), 23/10/2018