O conselheiro do TCE, Carlos Neves, diretor de Desenvolvimento do Controle Externo da Atricon e presidente do Comitê de Tecnologia, Governança e Segurança da Informação do Instituto Rui Barbosa (IRB), foi um dos palestrantes, na tarde desta quarta-feira (24), de um evento realizado em Brasília que discutiu “O Futuro do Controle do Externo”.
O encontro teve o apoio da Atricon e do IRB e foi direcionado a profissionais de auditoria, acadêmicos e pesquisadores interessados em considerar novas habilidades de liderança e o impacto do uso da tecnologia nas atividades de controle no Brasil. As discussões abordaram questões como dados, nuvem, inteligência artificial e segurança, além de inovação, transformação digital e liderança.
O conselheiro Carlos Neves falou sobre os “Cenários e Tendências para o Controle do Futuro: Perspectivas Tecnológicas e Humanas”. O debate teve a participação do secretário de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), Wesley Vaz, e da conselheira substituta do TCE-GO, Heloísa Godinho.
Carlos Neves destacou como fundamental o intercâmbio, a troca de ideias com setores públicos que já possuem resultados positivos dentro da área de inovação. Segundo ele, o evento tem um propósito importante de provocar a nossa análise sobre o futuro do controle externo, e que o processo de transformação (sem volta) atinge não somente o auditor, mas todo o sistema. “Não existe mais espaço para que os Tribunais atuem olhando para o passado. É preciso olhar para frente e isso não é só um compromisso da auditoria, da área técnica, mas também do corpo julgador, do Conselho, que precisa se modernizar e avançar junto”, afirmou.
“Aproveitar procedimentos que já vem sendo realizados com sucesso por outros órgãos de controle, como forma de economizar tempo, e adaptá-los às nossas necessidades e realidade é algo que o TCE-PE já vem realizando. Exemplo disso é a blitz do transporte escolar que realizamos recentemente e está em vias de ser replicada em todo o país para melhor analisar e aperfeiçoar os resultados deste tipo de política pública”, concluiu.
O ministro do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, também conduziu a palestra “Do digital ao metaverso – o futuro do controle” e lembrou que a tecnologia deve ser vista como uma aliada do controle externo e interno. “Como cobrar a implantação de um governo 100% digital se ainda estivermos presos aos sistemas arcaicos da era eletrônica ou analógica, ou pior, à ditadura dos caminhos e cartórios? Então, esse é um problema que precisamos eliminar completamente da vida nacional. Cabe a cada um de nós, membros, servidores dos tribunais de contas, corregedorias ou auditorias internas, assumir a liderança nesse processo de transformação”, pontuou.
Paralelamente ao congresso, o conselheiro Carlos Neves e a diretora de Tecnologia da Informação do TCE-PE, Ana Carolina Chaves, participaram de uma reunião técnica com o comitê de Tecnologia da Informação dos TCs para discutir os problemas e trocar experiências sobre os processos de inovação na área.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 25/08/2022