A morte do ex-deputado Osvaldo Coelho, ocorrida no Recife, domingo passado, aos 84 anos de idade, vítima de um infarto no miocárdio, foi lamentada nesta quarta-feira (04) no Tribunal de Contas pelos conselheiros Teresa Duere, Ranilson Ramos e Carlos Porto. Dirceu Rodolfo, Marcos Loreto, Ruy Ricardo Harten, Marcos Nóbrega e Adriano Cisneiros se solidarizaram com a homenagem, assim como o procurador geral Cristiano da Paixão Pimentel.
HISTÓRICO - Teresa Duere, autora do voto de pesar que foi aprovado por unanimidade, lembrou a trajetória política de Osvaldo Coelho, o seu parentesco (irmão) com Nilo Coelho que empresta o nome ao edifício-sede do TCE, e sobretudo o que ele representou para o povo do Sertão na luta que empreendeu durante mais de meio século em prol da melhoria da educação e da implantação de projetos de irrigação do vale do rio São Francisco.
Segundo ela, nem mesmo os adversários políticos de Osvaldo desconhecem o seu lado “guerreiro”, o seu espírito público e sua capacidade de luta pelos projetos em que acreditava.
“Pernambuco perdeu muito com a morte de Osvaldo Coelho e esta Casa deve se enlutar com a sua partida. Espero que a gente vá sempre buscar naquele poço a referência de integridade que ele representava para todos nós”, acrescentou Teresa Duere, pedindo que se desse ciência daquela homenagem à Câmara Federal, ao prefeito de Petrolina Júlio Lossio, à Câmara de Vereadores do município e aos familiares do ex-deputado.
SOLIDARIEDADE – O conselheiro Ranilson Ramos, que tem sua origem no Sertão do São Francisco, também reverenciou a memória de Osvaldo Coelho por tudo que ele representou para aquela região ao longo de mais de meio século de vida pública. “Nenhum homem público incorporou mais a alma do sertanejo do que ele”, salientou.
Lembrou também os primeiros esforços feitos por Nilo e Osvaldo, ainda na década de 70, pela irrigação do vale do São Francisco, na perspectiva de acabar com a miséria no semiárido, tornando-o um grande produtor de frutas.
VOCAÇÃO – Também homenageou Osvaldo Coelho o conselheiro e vice-presidente do TCE, Carlos Porto, que presidiu a sessão do Pleno. Ele definiu o ex-deputado como uma pessoa “vocacionada para a vida pública” e lamentou que diante da crise política e econômica em que o país hoje se encontra não haja líderes propondo soluções e sim um número cada vez maior de políticos envolvidos em desvio de recursos públicos.
Osvaldo Coelho, disse Carlos Porto, dedicou-se inteiramente à vida pública, tendo revelado o seu talento, já no final da década de 60, quando chefiou e modernizou a Secretaria da Fazenda no governo Nilo Coelho (1967-1971).
Porto apresentou também um voto de pesar pela morte do desembargador aposentado Carlos Xavier Paes Barreto Sobrinho, pai do desembargador (do Tribunal de Justiça) Ricardo Paes Barreto.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 04/11/2015