Por proposição do presidente Valdecir Pascoal, o plenário do Tribunal de Contas aprovou nesta quarta-feira (11) um voto de pesar pelo falecimento do conselheiro aposentado Suetone Nunes de Alencar Barros, pai do diretor do Plenário José Deodato e da servidora Tereza Cristina Santiago de Alencar Barros. Ele morreu ontem (10) no Hospital Esperança, de parada cardíaca, aos 97 anos de idade e seu sepultamento se realizará às 16h da data de hoje (11) no cemitério Morada da Paz, no município de Paulista.
O presidente fez um breve resumo sobre a vida pública de Suetone, que era sertanejo de Salgueiro e aos 22 anos de idade foi morar em Araripina para trabalhar numa cooperativa e atuar no ramo do comércio. Em 1947, atraído pela vida pública, disputou sua primeira eleição: prefeito. Perdeu por apenas 13 votos para Manoel Ramos, pai do ex-deputado, ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador de Pernambuco José Muniz Ramos. Em 1950, prosseguiu Valdecir Pascoal, conquistou seu primeiro mandato de deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN), tendo sido reeleito em 1954, 1958, 1962 e 1966 (cinco mandatos consecutivos).
PREGAÇÃO LIBERAL – Fez opção pela UDN, segundo seus familiares, devido à “pregação liberal” desse partido, que tinha em seus quadros nacionais líderes políticos como Carlos Lacerda, Afonso Arinos, Bilac Pinto e, aqui em Pernambuco, o ex-senador João Cleofas de Oliveira.
Na Assembleia Legislativa, disse o presidente do TCE, “foi uma voz altiva em defesa do Sertão, especialmente do Sertão Central (que era a sua pátria) e do Sertão do Araripe, ao lado do também deputado Felipe Coelho, que se elegeu pelo mesmo partido e representava a cidade de Ouricuri. Até os seus mais ferrenhos adversários reconheciam que Suetone foi um dos homens públicos mais íntegros e mais corretos que já passaram pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, pois nunca fez nenhum tipo de concessão a práticas que não tivessem o carimbo da seriedade e do respeito à coisa pública”, salientou Valdecir Pascoal.
CONSELHEIRO – Após 20 anos como deputado estadual, Suetone foi indicado pelo então governador Nilo Coelho para o cargo de conselheiro do TCE, tendo presidido o órgão em duas ocasiões. Aposentou-se em 1987. Foi casado com a também sertaneja Zila Giselda Santiago Barros durante mais de 50 anos e dessa união nasceram 10 filhos, 28 netos e 10 bisnetos. Ao mesmo tempo em que lamentou a morte do conselheiro, Valdecir Pascoal observou que “Deus foi generoso com este homem”, dando-lhe 97 anos de existência.
O procurador geral do Ministério Público de Contas, Cristiano da Paixão Pimentel, endossou as palavras do presidente, associando-se às homenagens prestadas ao conselheiro aposentado.
Gerência de Jornalismo (GEJO), 11/11/2015