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Durante visita ao TCE, nesta última quinta-feira (5), a prefeita de Ipojuca, Célia Agostinho Lins de Sales, apresentou ao procurador geral do Ministério Público de Contas, Gustavo Massa, esclarecimentos sobre o custeio de viagens internacionais feitas em 2019 e 2021 pagas pelo município.

Com  a juntada de documentação comprobatória, foram respondidos todos os questionamentos realizados pelo MPCO, com relação a cada uma das viagens realizadas. Na documentação comprobatória, consta formulários de prestação de contas de diárias, fotos dos eventos, stands e reuniões, notícias veiculadas na mídia, notas de liquidação referente aos valores das diárias, bilhetes de viagem, cópias dos convites, agenda cumprida, entre outros.

No último dia 13 de abril o MPCO instaurou o Procedimento Preparatório de Representação para investigar o custeio das viagens feitas em 2019 e 2021 pagas pelo município. Após a análise dos documentos e informações, o Ministério Público de Contas (MPCO) decidiu arquivar a portaria 001/2022, que instaurou o Procedimento de Representação. "Estou plenamente convencido da relevância do interesse público das viagens internacionais realizadas para a retomada do turismo no município", afirmou o procurador.

Os Procedimentos Preparatórios de Representação têm o objetivo de coletar informações sobre a regularidade dos atos da administração pública estadual/municipal, no que diz respeito ao cumprimento legal, de modo a fundamentar a representação por parte do MPCO.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 09/05/2022


O procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPCO), Gustavo Massa, e o gerente da Gerência Regional Metropolitana Sul (GEMS) do Tribunal de Contas, Elmar Pessoa, reuniram-se na terça-feira (3) com representantes da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para discutir os problemas e as melhorias necessárias ao transporte escolar da rede pública de ensino em Pernambuco.

A reunião aconteceu na sede da Associação, da qual também participaram integrantes do Ministério Público de Pernambuco, da Assembleia Legislativa, da Secretaria de Educação do Estado e da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Pernambuco (Undime/PE). Nela, foram pontuados os principais problemas enfrentados pelos gestores, as limitações técnicas e orçamentárias das prefeituras, e a dificuldade das prefeituras em cumprir determinações dos órgãos de trânsito e de controles a curto prazo.

Por fim, foi definida a programação para a “Assembleia de Prefeitos, que acontecerá no próximo dia 10 de maio, no auditório da Amupe. Na ocasião, serão apresentados os resultados da Operação Ordenada do Transporte Escolar; o Manual do Transporte Escolar desenvolvido pelo TCE; e discutidos aspectos relacionados à Resolução TC nº 156/2021, sobre os procedimentos para a contratação, o controle e a transparência no transporte escolar, e à Resolução TC nº 167/2022, que fala das medidas de segurança para a prestação do serviço.

O transporte escolar é uma das políticas públicas de maior relevância socioeducacional do Brasil, representando, em muitos casos, a única conexão viável entre a residência do aluno da zona rural e o ambiente escolar mais próximo da sua casa. Estima-se que R$ 275 milhões sejam gastos anualmente pelas prefeituras pernambucanas com essa finalidade.

ll LEVANTAMENTO ll

O TCE realizou no último dia 27 de abril uma operação coordenada de fiscalização (Operação Transporte Escolar Seguro) em 183 municípios do Estado, onde foram identificadas irregularidades em 99% dos 844 veículos inspecionados, pondo em risco a segurança dos estudantes. A cidade do Recife não participou da auditoria por não disponibilizar este tipo de serviço aos alunos das escolas públicas. A fiscalização foi tema de grande repercussão na imprensa local e nacional.

Entre as irregularidades encontradas estão: veículos sem selo de inspeção emitido pelo Detran (96%), condutores sem autorização para condução de escolares (62%), veículos com pneus carecas (30%), veículos com irregularidades nos cintos de segurança (67%), condutores com habilitação irregular (21%) e veículos com irregularidades no tacógrafo (78%), entre outras. Acompanhe aqui os resultados atualizados da fiscalização.

A iniciativa foi do presidente Ranilson Ramos, motivada, principalmente, pelos acidentes ocorridos em Pombos, Pesqueira, Araripina, Chã de Alegria, Vicência e Riacho das Almas, que acabou ferindo e levando diversas crianças a óbito.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 03/03/2022


O Ministério Público de Contas (MPCO) realizou uma reunião com a Diretoria Geral de Governança (DGG) do TCE, na última sexta-feira (29), para tratar sobre as suas metas para 2022 e o monitoramento das mesmas.

De acordo com o procurador-geral, Gustavo Massa, o MPCO realizou um encontro no último dia 18 de abril para estabelecer, pela primeira vez, as próprias metas. Até 2021, elas eram elaboradas pela DGG. "Hoje o MPCO está maduro e tem o prazer de vir aqui pedir para colaborar e dizer o que a gente pode ou não fazer, seguindo uma linha onde o TCE e a população saiba exatamente o que fazemos e o nosso papel", explicou Massa.

O corregedor Guido Monteiro explicou que o objetivo do encontro com a DGG é "Pedir cooperação para que sejam criadas algumas ferramentas para ajudar no trabalho de acompanhamento e monitoramento dessas metas".

Edgard Távora, diretor da DGG, se colocou à disposição para que a diretoria colabore no que for possível e sugeriu novos encontros para tratar sobre o assunto.

Glauco Vasconcelos, gerente de gestão estratégica e projetos, e Flávio Amorim, analista de gestão do MPCO, também participaram do encontro.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 04/05/2022

Recomendacao 2020

O procurador geral do Ministério Público de Contas (MPCO) de Pernambuco, Gustavo Massa, expediu, nessa segunda-feira (2), uma recomendação a todos os prefeitos e secretários de Educação do Estado para que suspendam a adesão a atas de preços de outros estados, os procedimentos licitatórios para aquisição de kits de robótica e os pagamentos por municípios que já tenham celebrado contrato com a empresa Megalic.  

A decisão se baseou em análises feitas pelas equipes técnicas do Tribunal de Contas nos procedimentos licitatórios destinados à aquisição de kits de robótica escolar.

O jornal Folha de São Paulo chegou a publicar algumas reportagens apontando indícios de irregularidades nas atividades da empresa junto a municípios pernambucanos e alagoanos. Segundo as publicações, os kits de robótica estariam sendo vendidos por R$ 14 mil, “valor muito superior ao praticado no mercado”.

A Recomendação assinada por Gustavo Massa aponta que, por meio de imagens publicadas na internet, a empresa demonstra ser uma casa situada em bairro residencial da capital alagoana, Maceió, e não uma indústria. Também não há evidência de sua expertise em robótica, pois, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), sua atividade principal é de comércio atacadista de artigos de escritório e papelaria e, de forma secundária, comércio de materiais hospitalares, roupas, medicamentos, dentre outros.

No último dia 18, o MPCO instaurou o Procedimento Preparatório de Representação nº 05/2022 para apurar a aquisição de kits da marca Pete e de materiais de apoio para o ensino fundamental. Na semana seguinte, o procurador geral expediu ofícios às prefeituras requisitando diversas informações.

As fiscalizações identificaram uma escalada na quantidade de prefeituras a realizar contratações da empresa seguindo o mesmo padrão, licitações próprias com editais idênticos, ou por adesão à Ata de Registro de Preço do município de Delmiro Gouveia, em Alagoas.

Diante disso, o MPCO recomendou que, até a conclusão da investigação, sejam suspensos todos os procedimentos licitatórios que visem à aquisição de kits de robótica e os pagamentos à empresa Megalic. Antes de qualquer aquisição do gênero, deve-se verificar, ainda, a existência de outras prioridades nas unidades de ensino, além de serem feitos estudos técnicos, verificando se há infraestrutura adequada no município para uso e armazenamento do material nas escolas, e pesquisa de preço no mercado.

De acordo com Gustavo Massa, a adoção dessas medidas visa garantir uma contratação do negócio mais vantajoso para a Administração Pública, com eficiência, economicidade e segurança jurídica. “O MPCO está muito preocupado com a rapidez do avanço das contratações de kits de robótica em Pernambuco. Isso está sendo feito sem um planejamento adequado e com indício de superfaturamento”, afirmou o procurador geral.

ll DESDOBRAMENTOS ll

A atuação do TCE-PE e do MPCO resultou na suspensão de contratações nos valores de R$ 8,4 mi e R$ 1,2 mi com a Megalic, nos municípios de Serra Talhada e Carnaubeira da Penha, respectivamente. Em Serra Talhada a prefeitura revogou o Pregão eletrônico nº 165/21 e o respectivo contrato com a empresa. Ainda no ano passado, quando as licitações começaram a ser realizadas, um procedimento licitatório com valor estimado em R$ um procedimento licitatório com valor estimado em R$ 88 milhões não foi concluído. Até o momento, foram identificados cinco contratos vigentes com a empresa no Estado, nas cidades de Bom Jardim, Orobó, João Alfredo, Vitória de Santo Antão e Cortês. 

Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) expediu uma Medida Cautelar determinando a suspensão de termos de compromisso entre o Ministério da Educação e diversas prefeituras que possuem contrato com a Megalic. Segundo o voto do ministro Walton Alencar, a pasta já empenhou cerca de R$ 146 mi para a compra de kits de robótica, com repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A Diretoria de Controle Externo e o Núcleo de Auditorias Especializadas do Tribunal de Contas de Pernambuco continuam realizando fiscalizações referentes ao caso no Estado. A comprovação das irregularidades verificadas, e do consequente prejuízo ao erário, poderá ensejar a rejeição das contas, bem como a responsabilização solidária dos gestores com a empresa, além da restituição dos valores aos cofres públicos.

Confira a íntegra da Recomendação 📑 

Gerência de Jornalismo (GEJO), 04/05/2022



A procuradora do Ministério Público de Contas, Germana Laureano e o auditor da Gerência de Contas da Capital, Diego Maciel, e participaram, na última quinta-feira (28), de um ciclo de palestras na Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco.


Diego Maciel, representando o Tribunal de Contas, fez uma apresentação para a turma de Direito Administrativo da professora Larissa Medeiros, que também é procuradora do Estado, sobre sobre o controle externo e o exercício da auditoria na prática e o papel do auditor de controle externo.

Na ocasião, ele mostrou exemplos de auditorias do TCE, como a mais recente, que fiscalizou a qualidade do serviço de transporte escolar nos municípios, aprofundando mais sobre a temática e os seus desdobramentos com foco nos aspectos mais práticos. “Foi bastante interessante a conversa e a proposta de aprofundar mais sobre o tema. Os alunos adoraram e a receptividade foi excelente”, comentou Diego Maciel.

Também na turma da professora Larissa Medeiros, a procuradora do MPCO, Germana Laureano, falou sobre a atuação do Ministério Público de Contas junto ao TCE, relembrando a fisionomia institucional atribuída ao órgão pelo art. 130 da Constituição Federal de 1988 que é assegurada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 789, em 1994, recordando que o MPCO não se confunde com o Ministério Público comum, nem com o próprio Tribunal de Contas perante o qual exerce suas funções.

Germana, que teve sua formação acadêmica na Faculdade de Direito, falou da importância de iniciativas como a da Professora Larissa Medeiros, de aproximar a Academia do sistema de controle externo. “Ações como essa, não só fortalecem a trajetória acadêmica de seus alunos, mas, sobretudo, despertam sua consciência cidadã, na medida em que os aproximam do sistema que existe em seu benefício, como atores sociais que são. Fiquei muito feliz por voltar ao começo de minha história e fazer parte de tudo isso”, disse Germana.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 03/05/2022

representacao
O Ministério Público de Contas (MPCO) instaurou um Procedimento Preparatório de Representação nº 005/2022, publicado no Diário Oficial Eletrônico da última segunda-feira (18), para verificar a ocorrência de irregularidades nas atividades da empresa Megalic LTDA, junto a diversas prefeituras do Estado.

Segundo o MPCO, apesar de a empresa demonstrar ser uma casa em bairro residencial, e não uma indústria, ela foi vencedora de pregão eletrônico no valor de mais de R$ 8 milhões no município de Serra Talhada e de R$ 4 milhões para aquisição de kits de peças de robótica no município de Bom Jardim. Os municípios de Carnaubeira da Penha e Orobó também emitiram empenhos para a empresa.

O jornal Folha de São Paulo divulgou, na última semana, que a empresa estaria vendendo kits de robótica por valor bastante superior ao praticado no mercado. 

A atividade principal da Megalic, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômica (CNAE), é de comércio atacadista de artigos de escritório e papelaria e, como atividades secundárias, o comércio de materiais médico-hospitalares e odontológicos, roupas, cosméticos, medicamentos dentre outros. 

Os Procedimentos Preparatórios de Representação têm o objetivo de coletar informações sobre a regularidade dos atos da administração pública estadual e municipal, no que diz respeito ao cumprimento legal, de modo a fundamentar a representação por parte do MPCO.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 19/04/2022


Em setembro de 2015, 193 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A ação faz parte de um processo global que reúne governos, sociedade civil, iniciativa privada e instituições de pesquisa para criação de um Plano de Ação Universal que abrange o desenvolvimento econômico, a erradicação da pobreza, da miséria e da fome, a inclusão social, a sustentabilidade ambiental e a boa governança em todos os níveis, incluindo paz e segurança.

Neste Plano de Ação Universal, coordenado pela ONU, foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas de ação global para serem alcançadas até 2030, sendo:

1- ERRADICAÇÃO DA POBREZA: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;

2- FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;

3- BOA SAÚDE E BEM-ESTAR: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;

4- EDUCAÇÃO DE QUALIDADE: assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;

5- IGUALDADE DE GÊNERO: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;

6- ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos;

7- ENERGIA LIMPA E ACESSÍVEL: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos;

8- EMPREGO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;

9- INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;

10- REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;

11- CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;

12- CONSUMO E PRODUÇÃO SUSTENTÁVEIS: assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;

13- AÇÃO CONTRA A MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA: tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos (reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima)

14- VIDA NA ÁGUA: conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;

15- VIDA TERRESTRE: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;

16- PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES EFICAZES: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;

17- PARCERIAS E MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

A partir das metas globais, cada país deve definir suas próprias metas nacionais e incorporá-las em suas políticas, programas e planos de governo. O Fórum Político de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável (HLPF, sigla em inglês) será o responsável pela supervisão e acompanhamento em nível global da implementação dos objetivos e metas.

Um dos maiores desafios para a implementação das estratégias e programas de ação recai sobre os meios necessários para a execução da Agenda, o que demanda parcerias e mobilização de recursos entre governos, setor privado, sociedade civil e o Sistema ONU.

Especificamente em relação à sustentabilidade, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 12 reflete um tema que é cada vez mais importante de estar presente nas pautas governamentais, visto a crescente preocupação com os padrões de produção e consumo responsáveis, além da proteção ao meio ambiente e melhoria na qualidade de vida da população.

A título de exemplo, observa-se que a partir da meta 12.7 da ODS nº 12, a qual trata da promoção de práticas de compras públicas sustentáveis, o Brasil passou a adotar novas referências e boas práticas nos procedimentos licitatórios. A licitação era, até então, considerada apenas uma atividade por meio da qual a Administração Pública realizava o contrato de obra ou serviço ou a aquisição de bens. Entretanto, com a adesão às ODS, percebeu-se que a licitação poderia, em si mesma, implementar uma política pública pautada no paradigma da sustentabilidade.

Amparado pelo avanço legislativo, a começar pela alteração da redação do artigo 3º da revogada Lei nº 8.666/1993 e, atualmente em vigor, presente no artigo 5º e 11º da Lei de Licitações nº 14.133/2021, os textos normativos foram aos poucos inserindo a promoção do Desenvolvimento Nacional Sustentável, fato que, ao longo do tempo, passou a ser um fator de observância cogente pelo gestor público nas licitações. A contratação sustentável pela Administração Pública deixou de ser medida excepcional para ser a regra geral, de modo que a não adoção de critérios e práticas de sustentabilidade devem necessariamente ser motivadas pelo gestor. Isto é, há o dever de motivar a não adoção desses critérios.

Assim, é possível utilizar como critério de preferência nas licitações as propostas que apresentem: baixo impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; redução da emissão de gás de efeito estufa e de resíduos; maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; origem sustentável dos recursos; uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local.

Nesse sentido, em razão da força normativa, o gestor público tem a obrigação de realizar licitações e compras com viés sustentáveis, sob pena de estar violando o Princípio da Eficiência, o que é passível de controle externo pelos Tribunais de Contas, nos termos do artigo 70 da Constituição Federal. Neste exercício do controle externo, cabe aos Tribunais de Contas e aos Ministérios Públicos de Contas exercerem um papel não só de fiscalização, mas também de orientação à gestão pública, de forma técnica, dentro de sua esfera de atuação. O papel da fiscalização deve ser constante na verificação do cumprimento das normas, o que também serve como parâmetro para aferição de novas políticas públicas e utilização adequada dos recursos públicos.

São diversas as normas que orientam os critérios e práticas de sustentabilidade socioambiental, como é o caso das Políticas Nacionais do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981) e Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), além de Portarias, Decretos e Pareceres de órgãos reguladores que, por muitas vezes, passam despercebidas, talvez pela falta de atenção ao assunto, talvez pelos holofotes estarem ocupados refletindo outras matérias sobre corrupção, partidos políticos e acontecimentos internacionais.

Para que realmente haja uma mudança a nível Agenda 2030, é necessário que os Planos de Gestão de Logística Sustentável sejam estruturados e colocados em prática, para que cada organização, em seu universo, possa aplicar critérios e práticas de sustentabilidade, não somente nas contratações, mas também em seu próprio funcionamento.

Por isso, cada ação sustentável é importante, independente de sua magnitude, pois, pequenas atitudes geram grandes mudanças, a começar por cada um de nós e na influência e exemplo que permitimos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Decreto nº 7.746/2012. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7746.htm

Guia Nacional de Contratações Sustentáveis, Consultoria-Geral da União. https://www.gov.br/agu/pt-br/comunicacao/noticias/AGUGuiaNacionaldeContrataesSustentveis4edio.pdf

Lei de Licitações nº 8.666/1993. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm

Lei Nacional de Resíduos Sólidos nº 12.305/10. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm

Lei de Licitações nº 14.133/2021. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Consumo e Produção Responsáveis, ONU.  https://odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=12

G
rupo de Comunicação do MPCO, 19/04/2022

representacao
O Ministério Público do Tribunal de Contas (MPCO) publicou, na edição desta quarta-feira (13) do Diário Oficial Eletrônico da instituição, a Portaria nº 001/2022  instaurando Procedimento Preparatório de Representação para investigar possíveis irregularidades no custeio de viagens internacionais feitas em 2019 e 2021 pela prefeita de Ipojuca, Célia Agostinho Lins de Sales, pagas pelo município. O documento foi assinado pelo procurador-geral do MPCO, Gustavo Massa.

Os Procedimentos Preparatórios de Representação têm o objetivo de coletar informações sobre a regularidade dos atos da administração pública estadual/municipal, no que diz respeito ao cumprimento legal, de modo a fundamentar a representação por parte do MPCO.

Os fatos foram divulgados pela imprensa local. Segundo as reportagens, “somente em novembro do ano passado, o município desembolsou quase R$ 40 mil em viagens internacionais para a chefe do poder municipal”. Consta do Portal de Transparência de Ipojuca que prefeita teria recebido R$ 56.442,30 em diárias para viagens a Argentina (1 diária - R$ 7.880,00) e Santiago do Chile (1 diária - R$ 9.625,00), em 2019; e Dubai (8 diárias - R$ 22.179,60) e Buenos Aires (6 diárias - R$ 16.757,70), em 2021.

A Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral de Ipojuca não atenderam aos reiterados pedidos de esclarecimento feitos pelo Ministério Público de Contas sobre a necessidade dos gastos, o interesse público e a economicidade dessas viagens, entre outras questões. Ofícios foram enviados pelo MPCO nos dias 13 de dezembro de 2021 e 17 de janeiro e 4 de março de 2022, sem qualquer resposta da administração municipal.

A instauração do PPR verificará não somente possíveis irregularidades nas despesas com as viagens, mas também servirá para quantificar o gasto e avaliar o benefício público alcançado.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 18/04/2022

Os procuradores do Ministério Público de Contas (MPCO), Germana Laureano e Cristiano Pimentel, estão entre os finalistas do X Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

A procuradora Germana Laureano foi autora da representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) que resultou na publicação da Resolução nº 154 de 15 de dezembro de 2021. O conteúdo da Resolução que dispõe sobre a prestação de contas e a transparência dos recursos públicos geridos pelas Organizações Sociais de Saúde - OSS, foi elaborado pelo departamento de controle estadual e pela diretoria de controle externo do Tribunal.

De acordo com o MPF, o órgão juntamente com a colaboração do MPCO e do MPPE, obteve considerável fortalecimento do sistema de controle e auditabilidade dos gastos realizados por entidades do terceiro setor em saúde no Estado de Pernambuco, permitindo a apresentação de prestação de contas, por parte das OSSs, diretamente perante o TCE, além da responsabilização e aplicação de sanções pela corte de contas. A atuação conjunta dos órgãos ministeriais garante a auditabilidade de recursos endereçados aos serviços públicos de saúde da população, que, somente no exercício financeiro de 2020, ultrapassaram R$ 2 bilhões para o Estado, especialmente diante da pandemia.

A lista dos finalistas foi divulgada pela Associação Nacional dos Procuradores da República - ANPR, na última sexta-feira (8). A cerimônia de premiação vai ocorrer no dia 4 de maio, às 19h, em Brasília.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 13/04/2022


Os serviços de transporte escolar foram tema de uma reunião de representantes do TCE, AMUPE, Ministério Público do Estado (MPPE),  Ministério Público de Contas (MPCO), OAB e prefeitos, na última terça-feira (12), na sede do MPPE.

O procurador-geral do MPCO, Gustavo Massa, atendendo ao convite do MPPE, e acompanhado do auditor Elmar Santos, gerente da Inspetoria Metropolitana Sul, falou sobre as orientações do Manual de boas práticas e da regulamentação sobre o serviço, expedidas pelo Tribunal de Contas (Res. 167/22).

Após a explanação, foi pedida a colaboração da Amupe na implantação de sistemas de planejamento e controle de rota para otimizar o transporte escolar. "O planejamento auxilia na segurança porque sobra dinheiro para compra de novos ônibus, a exemplo do município de Gravatá", explicou Massa. Ainda, de acordo com o procurador-geral, "o MPCO espera que esta parceria com o Ministério Público Estadual e Amupe sirva para reforçar o cumprimento das orientações do TCE no trabalho exemplar feito com relação a boas práticas no transporte escolar".  

O promotor de Justiça, Sérgio Souto, coordenador do CAO Educação,afirmou que o planejamento está sendo discutido e deve ser encaminhado em nova reunião no dia 03 de maio, por meio de um grupo de trabalho. "Pretendemos ter uma assembleia na Amupe no próximo dia 10 para tratar sobre o assunto”, afirmou.

O encontro foi promovido pelo promotor Sérgio Souto e contou com a participação de  Ana Célia Cabral de Farias, da AMUPE,Maviael de Souza Silva, Secretário-geral do Ministério Público (SGMP), da prefeita de Lagoa do Carmo, Judite Botafogo, do prefeito de Santa Maria da Boa Vista, George Duarte, do assessor da Amupe, João Batista Rodrigues, do presidente da Comissão Municipal de Direito da OAB, Tomás Alencar, da procuradora municipal de São Bento do Una, Ruth Azevedo Duarte de Melo, da secretária de Educação de São Bento do Una, Gisângela Moraes, e do vereador de Santa maria da Boa Vista, Yuri Coimbra Duarte.

ll SEGURANÇA ll

Resolução aprovada pelo Pleno do Tribunal de Contas regulamentou algumas medidas que deverão ser adotadas pelo Estado e municípios pernambucanos para garantir a segurança no transporte dos alunos de escolas públicas. A Resolução TC nº 167/2022 foi publicada na edição da segunda-feira (4) do Diário Oficial Eletrônico do TCE.

O normativo levou em conta o fato de o serviço ser essencial à promoção do direito à educação (artigo 208 da Constituição Federal), as regras apresentadas no Manual do Transporte Escolar desenvolvido pelo TCE e a necessidade de fortalecimento da política pública de transporte escolar, quanto à segurança, para uma educação de qualidade. O dispositivo ainda considerou a Portaria DP nº 002 – DETRAN/PE/2009 que estabelece os requisitos mínimos para a expedição de autorização de circulação de veículos destinados à prestação do serviço.

Gerência de Jornalismo (GEJO), 13/04/2022

Os procuradores da República Cláudio Dias e Silvia Regina Pontes Lopes concorrem com "Aprimoramento da auditabilidade dos gastos em saúde realizados por entidades do terceiro setor no Estado de Pernambuco em tempos de pandemia". O MPF também contou com a parceria externa dos procuradores do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Cristiano Pimentel e Germana Laureano – esta, autora da representação ao Tribunal de Contas do Estado de PE (TCE-PE) que resultou na publicação da Resolução nº 154 de 15 de dezembro de 2021. Também integram como parceiras externas as promotoras de Justiça Alice de Oliveira Morais e Aline Florêncio, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE)

Veja na íntegra


O procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPCO), Gustavo Massa, participa da I Conferência Democracia e Institucionalidade - 10 Anos do MPC-SP. O evento é híbrido com transmissão pelo YouTube e acontece entre o dia 30 de março e o dia 01 de abril em São Paulo.

A abertura oficial do evento contou com palestra do ex-presidente da República, Michel Temer. Durante toda a programação acontecem painéis e palestras voltados para contas públicas, cenário econômico e planejamento do orçamento.

Gustavo Massa está acompanhado do procurador do MPCO, Gilmar Lima, e dos conselheiros substitutos Marcos Nóbrega e Adriano Cisneiros.

Assembleia Geral do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas - Na manhã da última quarta-feira (30), o procurador-geral também participou da última Assembleia Geral sob a presidência da procuradora-geral do MPC-SC, Cibelly Farias, com o objetivo de prestar contas sobre os trabalhos realizados no período da sua gestão. Ao final, também foi empossado o novo procurador-geral de Contas do Estado de São Paulo, Thiago Pinheiro Lima, como novo presidente do Conselho pelo período de um ano. Saiba mais. 

Gerência de Jornalismo (GEJO), 31/03/2022


O procurador-geral  do Ministério Público de Contas, Gustavo Massa, esteve, na última quarta-feira (23), no Ministério Público de Pernambuco, onde foi recebido pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas. Esta foi a primeira visita oficial feita pelo procurador que tomou posse em 26 de janeiro.

A visita teve como objetivo estreitar a relação entre os dois órgãos e discutir a realização de possíveis parcerias futuras. “Vamos dar continuidade ao excelente trabalho dos procuradores-gerais que me antecederam”, destacou Gustavo Massa.

Entre as parcerias, foi debatida a criação de um grupo de trabalho para discutir as novas mudanças na lei de improbidade administrativa, visando, entre outros pontos, fazer uma análise conjunta da parceria público-privada da Compesa.

Na manhã desta quinta-feira (24), Gustavo Massa recebeu a visita do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, com o objetivo de aproximar o MPCO dos gestores municipais. “Acredito que há espaço para o diálogo e cooperação entre o Ministério Público de Contas e os prefeitos, e a Amupe pode fazer esta ponte”, ressaltou Gustavo Massa.

Entre os pontos discutidos, foi abordado o impacto do novo piso dos professores para as contas municipais.

Ainda na quarta-feira, o Juiz Federal e diretor do Fórum da Justiça Federal, Cláudio Kitner, esteve no MPCO realizando uma visita de cortesia ao procurador-geral, onde aproveitou para conhecer as instalações do TCE, bastante elogiadas pelo mesmo, que servirão de modelo em uma reforma que ocorrerá no Fórum Federal.  

Gerência de Jornalismo (GEJO), 25/02/2022


O procurador-geral do MPCO, Gustavo Massa, solicitou à Secretária de Administração do Estado, Marília Raquel Simões Lins, esclarecimento sobre acúmulo de vínculos de profissionais de saúde contratados pelo Estado.

Pernambuco conta com órgão específico para averiguar estas situações. Trata-se da Comissão de Acumulação de Cargos, Empregos e Funções (Cacef), ligado à Secretaria de Administração.

Os acúmulos suspeitos foram verificados por meio de pesquisas e cruzamentos de dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Este cruzamento foi feito pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas (CNPGC), envolvendo os profissionais de saúde de todo o País.

Entre as possíveis situações irregulares, foram identificados profissionais de saúde em situação de acúmulo indevido de mais de 3 vínculos públicos, atuando em quatro ou mais unidades federativas, sugerindo que recebiam sem cumprir a carga horária contratada.

Havia profissionais com carga horária semanal de trabalho superior a 168 horas, ou seja, como se trabalhassem 7 dias por semana em uma escala ininterrupta de 24h, situação inverossímil.

O MPCO remeteu planilhas com informações detalhadas com a indicação dos estabelecimentos em que cada profissional da saúde atua, tanto no âmbito estadual quanto municipal, bem como informações acerca do tipos de vínculo, cargas horárias.

MPCO, 23/02/2022

 


O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Gustavo Massa, recebeuna última quinta-feira (17), a visita de cortesia do procurador-geral do Recife, Pedro Pontes, que estava acompanhado do Procurador-Municipal, Sílvio Lins, e do secretário de Educação do Recife, Fred Amâncio.

A reuniãotratou da mudança do procurador do MPCO que ficará responsável pelos pareceres dos processos relativos à cidade do Recife no biênio 2022/2023, função assumida pela procuradora Maria Nilda, de acordo com os critérios de regionalização do órgão ministerial. 

Durante o encontro foi discutido, também, o aumento do piso salarial dos professores, que sofreu um reajuste de 33%, e os reflexos e impactos desse aumento nos cofres do município. 

Na ocasião, Gustavo 
Massa ressaltou que pretende estreitar o diálogo com a Procuradoria-Geral do Município do Recife. "Estamos de portas abertas para o diálogo sempre que necessário. Nossa missão é orientar, e nos colocamos à disposição para isso", concluiu.

MPCO, 18/02/2022

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